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Garrigues estuda novos escritórios em África, Leste e Ásia

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A sociedade de advogados Garrigues está a estudar várias localizações para a abertura de novos escritórios.

A expansão internacional é uma parte fundamental da estratégia de crescimento da Garrigues, uma das maiores sociedades de advogados da Península Ibérica, com 27 escritórios, dois dos quais em Portugal.

«A empresa segue, tendencialmente, as empresas portuguesas e espanholas, à medida que estas crescem no Mundo. A sociedade está já presente, além da Península Ibérica, em Xangai, Varsóvia, Casablanca, Bruxelas e Nova Iorque, locais onde existe já uma presença de empresas portuguesas e espanholas que justifica também a presença de um escritório de advogados ibérica», explicou aos jornalistas Antonio Garrigues, o presidente da empresa, num encontro com jornalistas em Madrid. O grupo está também a inaugurar um escritório em Londres.

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Angola, Moçambique, Roménia, Bulgária e Índia

Entre as zonas em estudo, no que toca à abertura de novos escritórios, estão alguns países africanos de expressão portuguesa, como Angola e Moçambique, onde a Garrigues pode utilizar «o conhecimento português do mercado e da língua como uma mais valia», para acompanhar as empresas nacionais que estão a investir naqueles Estados.

Entre os países onde a Garrigues estuda abrir mais escritórios estão também dois Estados do Leste da Europa, para onde estão a olhar muitas empresas ibéricas: a Roménia e a Bulgária.

A Oriente, onde a Garrigues tem já um escritório em Xangai, surge também uma nova possibilidade, o mercado indiano, onde começam também a investir cada vez mais empresas de Espanha. Para já, a unidade chinesa tem cerca de 50 clientes, ainda nenhum português, devido à escassez de investimento nacional naquele mercado.

O interesse no mercado indiano surge por este ser mais atractivo até do que o chinês: «trata-se de um mercado muito grande, são 300 milhões de pessoas, muitas das quais com boa formação, que falam inglês, tecnologicamente avançadas, com uma democracia mais solidamente implementada do que a chinesa, e que, apesar dos entraves ao estabelecimento de sociedades de advogados estrangeiras, não coloca entraves a outros investimentos estrangeiros no país», elucidou Carlos Agrasar, director de comunicação e marketing.

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Novos escritórios em Portugal afastados para já

No que se refere à expansão a nível nacional, «está, para já, de parte a abertura de novos escritórios, já que, por enquanto, a empresa consegue dar apoio aos seus clientes a partir dos dois escritórios existentes, nas cidades de Lisboa e Porto», disse o sócio português presente no encontro, João Paulo Matos.

A unidade portuguesa tem cerca de 100 profissionais (advogados), uma pequena parte da equipa de 1.600 que a Garrigues tem a nível global. A facturação da unidade portuguesa representa cerca de 5 a 6% do total do grupo, que atingiu os 223,1 milhões de euros no último ano (terminado em Agosto de 2006).

Em Setembro próximo, a unidade de Xangai vai integrar um profissional português, podendo outros advogados nacionais virem a integrar também as unidades de Varsóvia, Bruxelas e, mais tarde, Londres.

Unidade portuguesa espera facturar mais 45% este ano

Para o ano que termina em Agosto de 2007, o grupo espera uma facturação superior a 250 milhões de euros, o que representará uma subida de 15%. No caso da unidade portuguesa, as perspectivas são «justificadamente ambiciosas», como diz Miguel Gordillo, um dos sócios directores da Garrigues, já que a unidade portuguesa está em forte crescimento desde que se implantou no País sob a insígnia Garrigues, em 2005. As previsões apontam para uma facturação de mais de 9 milhões de euros, ou seja, um crescimento de cerca de 45%.

As metas até 2010, consistem em colocar a Garrigues entre as primeiras sociedades de advogados em Portugal. No nosso País, o Direito Mercantil e do Mercado de Capitais representa a maior fatia de negócio, à frente do Direito Fiscal, ao contrário do que acontece em Espanha, mas a tendência é para aproximar os valores nacionais dos globais do grupo.

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