Além desta nova fase da EDP, Teixeira dos Santos vai de encontro ao anúncio feito pelo ministro da Economia, Manuel Pinho, na passada quinta-feira, de colocar em bolsa, entre 2006 ou 2007 a Galp e a Rede Eléctrica Nacional (REN).
«Uma vez clarificada a estratégia de reestruturação do sector energético, conforme resultou da aprovação do Conselho de Ministros, creio que estaremos em condições de trazer ao mercado no próximo ano entidades como Galp e REN», disse o ministro, à margem da tomada de posse do novo Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que será presidido por Carlos Tavares.
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Questionado sobre a possibilidade de avançar também uma fase da EDP, mas para particulares, o ministro afirmou que «sim, eventualmente».
Proteccionismo anti-OPA mais complicado
A transposição da nova directiva das Ofertas Públicas de Aquisição (OPAs), a ocorrer no próximo ano, limita poder do Governo em relação às Golden Shares. «Com certeza, um dos aspectos marcantes desta directiva das OPAs é de facto a limitação das medidas defensivas anti-OPA e obriga a um dever de igualdade de tratamento e de reciprocidade entre as entidades. Ou seja, só será possível erguer ou invocar medidas anti-OPA no caso das próprias empresas do outro lado que estiverem protegidas por medidas análogas, caso contrário não será possível», adiantou Teixeira dos Santos.
No caso da PT, e tendo em conta que a golden share que o Estado detém na operadora está sob a mira de Bruxelas, o ministro não quer adiantar mais do que um «vamos aguardar a decisão de Bruxelas». Mas «a vontade do Estado é manter a golden share».
No entanto, não quis deixar de sublinhar que «há uma golden share que foi sempre anunciada no âmbito da privatização. Nenhum investidor da PT neste momento se pode sentir defraudado com a existência da golden share porque desde o início da privatização da PT foi anunciado e foi dito que haveria uma golden share».
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