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Greve da função pública não altera políticas do Governo

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A greve de dois dias da função pública, marcada para esta quinta e sexta-feira (dias 9 e 10 de Novembro), não fará com que o Governo altere as suas políticas para o sector.

A garantia foi deixada pelo ministro das Finanças e da Administração Pública, Fernando Teixeira dos Santos, à saída do debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2007.

«(A greve) é um direito que assiste a todos os trabalhadores deste país, o direito de exprimirem a sua reacção relativamente a políticas que estejam a ser implementadas», disse o ministro, garantindo que não questiona esse direito dos funcionários públicos.

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«Agora, eu gostaria de tornar bem claro que não é pelo facto de a greve ocorrer que o Governo vai mudar o rumo das políticas que tem vindo a defender e a implementar. O Governo considera que estas políticas são importantes para que Portugal possa ter condições para ser uma economia mais dinâmica e mais próspera», explicou.

Teixeira dos Santos critica falta de abertura dos sindicatos

O ministro não quis questionar o direito à greve dos trabalhadores, mas também não quis deixar de apontar o dedo aos sindicatos do sector.

«Tenho pena que, neste país, os sindicatos não tenham dado a abertura, a capacidade de diálogo e de entendimento a que temos assistido por parte das forças sindicais de outros países, que se têm defrontado com a necessidade de fazer profundas reformas da sua administração. Em Portugal isso não aconteceu e eu lamento, mas não é por isso que o Governo deixará de prosseguir com as medidas que entende que devem ser prosseguidas neste domínio», assegurou.

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Quanto às áreas que deverão ser mais atingidas pela paralisação, o ministro recusou-se a fazer qualquer prognóstico.

Governo quer trabalhadores orgulhosos por serem funcionários públicos

A reforma da administração pública é a grande razão para a greve dos trabalhadores do Estado, desde o congelamento da progressão automática nas carreiras, ao sistema de avaliação dos funcionários, ao regime de mobilidade. Mas o ministro defendeu a reforma em causa, dizendo que «nós pretendemos é uma reforma a pensar nos funcionários públicos, essencialmente naqueles que são cumpridores, que têm bom desempenho, que têm uma grande devoção. Nós queremos ter uma Administração Pública que garanta o futuro a estes trabalhadores, um futuro que seja de carreiras mais aliciantes, com possibilidades de progressão na carreira, com melhores perspectivas de salário, mas isto não por qualquer automatismo, mas porque resulta de uma avaliação, do reconhecimento do mérito. Queremos uma Administração Pública que sirva os portugueses, mas também que sirva os próprios funcionários públicos, e que os faça novamente e finalmente sentir orgulho de serem funcionários públicos».

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