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IGCP acalma investidores e garante corte de défice este ano

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Spread da dívida pública duplicou em dois meses e instituto quer tranquilizar, assegurando que a consolidação orçamental avança já em 2010. Congelamento dos salários públicos é uma das medidas previstas

O Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), responsável pela dívida pública nacional, enviou esta sexta-feira uma carta às principais agências de rating internacionais, numa tentativa de acalmar os investidores, onde garante que o Governo vai tomar medidas para cortar o défice já no Orçamento do Estado para 2010.

As agências têm colocado a dívida nacional sob alerta negativo, com vista a um eventual corte da notação, estando apenas à espera do Orçamento do Estado de 2010 para decidir se cortam ou não o rating. Tudo depende da inscrição ou não de medidas de redução do défice.

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Em reacção a estes alertas negativos, o spread cobrado pelos investidores para comprarem dívida portuguesa em vez da alemã, que é a referência do mercado, tem disparado nos últimos tempos e duplicou em apenas dois meses.

Spread da dívida pública nacional dispara

O IGCP tenta, por isso, acalmar os investidores, garantindo-lhes que o défice português vai baixar já este ano.

Na carta, a que a Agência Financeira teve acesso, o presidente do instituto, Alberto Soares, deixa clara a intenção do Governo para corrigir as contas públicas, antecipando um acordo com a oposição quanto ao Orçamento e sublinhando a vontade de congelar salários dos funcionários públicos.

«Na semana passada, o maior partido da oposição mostrou-se disponível para negociar um pacto de consolidação orçamental para quatro anos. Ontem, o Governo fez saber que os salários da Função Pública não vão aumentar em 2010», explicou Alberto Soares, concluindo: «Estas medidas, entre outras que serão adoptadas, constituem sinais claros da intenção do Governo em começar a reduzir o défice em 2010».

Estas são apenas algumas das medidas preconizadas mas, como sublinha o IGCP, «são sinais claros da intenção do Governo em começar a reduzir o défice em 2010».

No mesmo documento, o presidente do IGCP recorda que o actual primeiro-ministro deu já provas de conseguir corrigir estes desequilíbrios, uma vez que, já antes da crise financeira, conseguira corrigir o défice orçamental de 6,1 para 2,6%, aplicando várias reformas estruturais.

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