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Inovjovem gasta 20 mil euros com cada pessoa

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Maioria dos que ficam nas empresas ganha menos de 1.250 euros e com contrato a prazo

O programa Inovjovem, destinado a proporcionar aos jovens portugueses estágios profissionais em áreas mais ligadas à inovação, gasta 20 mil euros com cada formando.

O número foi revelado pelo gestor do Programa Operacional Factores de Competitividade, Nelson de Souza, na Feira da Inovação (Innovation Marketplace), que decorreu esta quinta-feira em Lisboa.

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Nelson de Souza admitiu que este é um valor «elevado», apesar de o considerer um «bom investimento», e adiantou que o Executivo pretende «baixá-lo na segunda fase do Inovjovem», para permitir que o programa «se alargue e abranja mais empresas».

Metas ultrapassadas

O Inovjovem tem um investimento de 60 milhões de euros e a taxa de execução financeira é nesta altura de 70%. Mas as metas do Executivo em termos de objectivos foram também ultrapassadas, já que o Governo apontava para os mil jovens e, na verdade, dois anos depois de o programa ter começado a ser implementado no terreno, foram cerca de 4.500 os abrangidos.

Madalena Pires, da Associação Empresarial Portuguesa (AIP), uma das associações empresariais que participaram no Inovjovem, revelou que os projectos propostos pelas empresas são predominantemente das áreas da Indústria e Comércio e Serviços, sendo que, nos alunos, as formações predominantes correspondem às áreas de gestão/economia/administração, engenharia, design e audiovisuais e também arquitectura e construção. A taxa de empregabilidade atingida foi de 79,7%.

No que se refere às condições em que estes jovens são empregados, quando terminam o projecto e ficam na empresa (o que acontece na maioria dos casos), os dados já não são tão brilhantes, uma vez que, apesar da sua formação e qualificações, apenas uma minoria (6,8%) se inclui num escalão remuneratório acima dos 1.250 euros. A grande maioria acaba por recair no escalão dos 750 a 1.250 euros, mas existem muitos que ficam a ganhar menos, até abaixo dos 500 euros. O vínculo de trabalho predominante é o contrato a prazo, ou seja, de alguma precariedade.

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