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Mais de metade dos portugueses ainda não planeia reforma

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Falta de dinheiro é principal motivo

Mais de metade dos portugueses ainda não planeia a reforma. É essa a conclusão do estudo da Fidelity International, que analisa de que forma alguns países europeus estão a encarar o tema.

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, dos 57 por cento dos inquiridos que ainda não começou a preparar a reforma, 31% conta ainda fazê-lo, enquanto 26% não pensa começar a tratar disso.

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Ainda assim, o barómetro traz dados positivos: mais de um terço (36%) já começou a preparar a reforma, valor que representa uma subida de 11 pontos percentuais face a 2006.

No entanto, embora os portugueses estejam mais activos e preocupados com a preparação da reforma, dos oito países europeus analisados, Portugal ainda surge no fim da tabela, a par da França.

Quase metade dos inquiridos (46%) explica que ainda não começou a descontar para a reforma por falta de dinheiro. Uma situação que se comprova no facto da maioria de quem já iniciou um plano pertencer a classe social alta (50%), ganhar mais de 1.300 euros por mês (51%) e ser proprietário, gestor ou profissional liberal (54%).

Mais informação precisa-se

Por outro lado, 42% afirma estar informado sobre a preparação da reforma, quando em 2006 esse valor era de apenas 36%. Quando questionados acerca de medidas para incentivar a preparação da reforma, 71% considera que a solução está em informar e educar os cidadãos, enquanto 64% dos inquiridos refere que se deve continuar a investir no desenvolvimento de planos das entidades empregadoras.

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«Os portugueses apresentam uma falha de educação financeira e isso não se resolve num mês ou num ano», disse em conferência de imprensa, esta quarta-feira, o director-executivo da Fidelity International para o Sul da Europa, Rafael Febres-Cordero.

O barómetro mostra-o: 66% dos inquiridos afirma que a educação financeira deve ser iniciada antes da universidade, ou seja ao nível da escola primária ou secundária.

Reformas do Governo geram mais consciência

O responsável da Fidelity International defende, ainda assim, que a recente reforma que o Governo levou a cabo ao nível do cálculo de pensões ou do progressivo prolongamento da idade para aposentação terá impacto na consciência dos portugueses para a preparação da reforma. «As pessoas começam a aperceber-se da sua real importância», acrescentou Febres-Cordero.

Recorde-se que este estudo, da consultora TNS para a Fidelity International, incluiu oito países europeus (Alemanha, Áustria, França, Holanda, Itália, Portugal, Suíça e Suécia), tendo por base entrevistas a mais de 4.100 pessoas entre Novembro e Dezembro de 2007.

Mais de um terço informa-se sobre reformas nos media

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