Apesar das críticas feitas à administração, no que diz respeito às derrapagens financeiras da obra, o ministro quer dar despacho ao desenvolvimento do projecto, defendendo que «não há razão dolosa ou criminal por parte do conselho de administração do Metro do Porto mas, sim, alguns procedimentos exagerados, como por exemplo, as obras da rotunda da Boa Vista.»
Em relação à proposta do PSD, feita pelo líder do partido, Luís Marques Mendes, de que as obras públicas com mais de 50 milhões de euros de orçamento deveriam ter uma comissão de acompanhamento, Mário Lino afirmou que, antes de tomar posição, «é preciso ver a proposta» dos sociais-democratas.
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Em resposta aos que estão contra a criação da comissão de acompanhamento, lembrou ainda que «a apreciação dos projectos é já feita por empresas de grande competência, conhecimento e experiência, a sua fundamentação técnica está assegurada».
«O Metro do Porto é a obra com o investimento mais rápido, a nível mundial, logo terá um reflexo a nível dos tarifários», concluiu o ministro, deixando antever que o preço dos bilhetes será actualizado em alta.
Recorde-se que o investimento da obra foi avaliado em 600 milhões de euros e que o investimento global previsto no Programa de Investimentos em Infra-estruturas Prioritárias (PIIP) é de 25 mil milhões de euros, sendo 46,6% (11,6 milhões de euros) assegurado por investimento público e o restante pelo sector privado e por parcerias público-privadas.
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