Já fez LIKE no TVI Notícias?

Miguel Paes do Amaral garante não ser pressionável mas já foi pressionado (Act.)

Relacionados

O presidente do Grupo Media Capital, Miguel Paes do Amaral, garantiu esta segunda-feira aos deputados, na Assembleia da República, nunca se ter sentido pressionado pelo Governo de Santana Lopes, nem tão pouco ser uma pessoa «pressionável», afastando assim qualquer «caso» no afastamento de Marcelo Rebelo de Sousa da TVI.

(Actualiza com mais afirmações do presidente da Media Capital)

Miguel Paes do Amaral, que foi também ouvido pela AACS sobre este caso está a esclarecer a Subcomissão de Direitos Fundamentais e Comunicação Social sobre o conteúdo da conversa que terá mantido com Marcelo Rebelo de Sousa, um dia antes da saída do comentador da estação televisiva de Queluz.

PUB

«(¿) A construção deste grupo nunca procurou nem nunca beneficiou de nenhum favorecimento político. Não sou pressionável, nem nuca me senti pressionado pelos Governos do engenheiro António Guterres, e dos doutores Durão Barroso e Santana Lopes. Ao contrário daquilo que aconteceu num Governo anterior», afirmou o responsável.

Segundo Paes do Amaral «no início da década de 90, durante mais de um ano, inspectores da Direcção Geral de contribuições e Impostos estiveram instalados nas minhas empresas pessoais e na Soci, detentora do jornal Independente, no que pressupus ser uma tentativa clara de condicionar a linha editorial desse jornal. Como é sabido, o director não foi afastado, o jornal não se desviou da sua linha e eu não cedi nem fugi. Não seria agora, com um grupo fortemente capitalizado, com uma base accionista sólida e com uma situação competitiva impar no mercado nacional que eu iria ser sensível a pretensas ou hipotéticas pressões», acrescentou, na audiência no Parlamento.

PUB

Numa segunda ronda de questões, Paes do Amaral apontou o «Governo anterior» ao de António Guterres (liderado por Cavaco Silva) como aquele que terá tentado esta pressão, mas garantido, novamente, que actualmente, «não fui pressionado, nem directa nem indirectamente. Estou há 15 anos nesta profissão (¿) e tenho bastante experiência do que é ser pressionado ou não ser pressionado».

Negócios não estavam ameaçados e conversa com Marcelo foi «de amigos»

O presidente da TVI começou por confirmar «a questão do calendário». Ou seja, «de facto pedi para falar com ele (Marcelo Rebelo de Sousa) na sexta-feira, dia 1 de Outubro. Ele estava nos Açores e eu fora de Lisboa e só falámos na terça-feira, dia 5. As declarações do ministro Gomes da Silva ocorreram durante o fim-de-semana. Portanto, a reunião foi marcada antes do fim-de-semana».

Quanto ao seu teor, «foi uma conversa de amigos, não foi o presidente da TVI com o comentador da TVI, porque se fosse para falar de temas relacionados com informação ou comentários na TVI, não seria eu a falar com o professor, seria, obviamente, o director de informação da TVI (José Eduardo Moniz). Não falo pessoalmente com os comentadores. Portanto, foi uma conversa de amigos, como muitas conversas que tive com o professor Rebelo de Sousa, para me aconselhar sobre um conjunto de temas. São temas estratégicos para a Media Capital e, lamento dizer, mas são informação privilegiada», afirmou o responsável, lembrando que «a Media Capital é uma empresa que está cotada na Bolsa».

E assim sendo nega que tenha existido alguma tentativa de pressão por se recear que alguns dos seus negócios estivessem ameaçados. «Construímos o grupo de media de maior capitalização bolsista em Portugal, sem nunca ter obtido o mais pequeno favor de nenhum Governo. Não é a nossa forma de estar no mercado, não é a nossa forma de operar e, portanto, não estamos à espera que o Governo nos ajude para fazer o que temos que fazer. Não há negócios que estivessem ameaçados», garantiu ainda.

PUB

Relacionados

Últimas