O ministro das Finanças admitiu na sexta-feira a possibilidade de a situação económica piorar ainda mais do que se prevê agora, o que pode obrigar à apresentação de projecções ainda mais pessimistas do que as que constam do orçamento suplementar e da actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), aprovados em Conselho de Ministros extraordinário.
No documento, citado pela Lusa, o Governo admite uma recessão, com o Produto Interno Bruto a contrair-se 0,8% este ano. Mas, porque o cenário está marcado por uma «elevada incerteza», podem vir a existir novas previsões, ainda mais pessimistas, implicando também que sejam tomadas mais medidas de estímulo.
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«Não podemos ignorar o quadro de grande incerteza que sempre rodeia estas projecções», disse, explicando que estas previsões têm um risco. «Nada nos garante que os desenvolvimentos externos nos obriguem a olhar para estas matérias e a rever estas matérias», acrescentou.
A nova previsão do Governo é semelhante à do Banco de Portugal, e admite também um crescimento negativo no quarto trimestre do ano passado, o que representa uma recessão técnica no segundo semestre de 2008.
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