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Aprenda a fazer um «fundo de emergência» para enfrentar crises

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Ao longo da vida devemos sempre esperar o inesperado. A qualquer momento, podem surgir despesas imprevistas no nosso agregado familiar, como um internamento hospitalar ou uma avaria do carro, ou ainda a perda de rendimentos importantes, como o que resulta do desemprego. Por isso mesmo, é fundamental ter uma espécie de «fundo de emergência». Aqui ficam algumas dicas.

Infelizmente, revela o ActivoBank7, a maioria das famílias não dispõe de um fundo financeiro para emergências. A tentação imediata para fazer face a imprevistos será recorrer a linhas de crédito como as dos cartões (que representam encargos financeiros comparativamente mais elevados face a outras formas de crédito), ou desmobilizar aplicações de longo prazo, como fundos de investimento de acções ou mesmo Planos de Poupança Reforma (PPR).

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«O problema é que, em conjunturas económicas mais difíceis, o acesso a crédito é mais restrito e caro, a liquidação de activos com risco pode implicar a realização de menos-valias forçadas, e a desmobilização de PPR tem penalizações fiscais», refere o banco.

Quanto se deve por de parte?

Quanto à dimensão ideal de um fundo de emergência, não há ainda consenso, e depende muito das características de cada família. A regra habitualmente proposta é a de manter um fundo equivalente a alguns meses de despesas fixas (até seis meses), incluindo prestações de créditos (casa, carro, cartões), despesas domésticas (água, luz, gás, telefone, Internet), despesas inadiáveis (alimentação, combustíveis e transportes, medicamentos, educação, saúde) e ainda outros pagamentos obrigatórios (impostos, seguros).

O banco admite que acumular um valor equivalente a 1 a 6 meses de despesas fixas pode demorar algum tempo, sobretudo quando o dinheiro não costuma sobrar ao fim do mês, mas «o esforço pode ser menor do que parece à primeira vista, apenas requerendo alguma disciplina». E dá algumas sugestões.

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Como poupar sem quase dar por isso

Por exemplo, sabe-se que as famílias com crédito à habitação verão as suas prestações mensais reduzidas cerca de 200 euros por mês em 2009 graças à descida da taxa Euribor. Parte deste valor poderá ser canalizado para um fundo de emergência.

A descida do preço dos combustíveis (que anda perto dos 40% desde os máximos de Julho de 2008) também permite uma descida nas despesas que, para um abastecimento mensal de 100 litros é de cerca de 50 euros. Parte deste valor poderá ser canalizado para um fundo de emergência.

A generalidade das famílias portuguesas tem 3 momentos de rendimento extra ao longo do ano: o subsídio de férias, o subsídio de Natal e o reembolso do IRS. Parte destes valores poderão ser canalizados para um fundo de emergência;

«Com frequência, passam-nos pelas mãos notas de 5 euros. Se guardarmos a maioria destas notas em casa, num sítio seguro, tal decisão não afectará de forma decisiva o nosso poder de compra diário, mas ao fim de algum tempo poderá representar um valor acumulado simpático, que poderá ser canalizado para um fundo de emergência», acrescenta ainda o banco.

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Como gerir o fundo

Um fundo de emergência deve estar separado da conta à ordem usada habitualmente e das poupanças a longo prazo, e estar numa situação de elevada liquidez, ou seja, em que seja fácil e rápido transformá-lo em dinheiro vivo. As sugestões do banco são depósitos a prazo, fundos de tesouraria.

Muito importante também é que, uma vez constituído o fundo, o mesmo só deve ser utilizado para verdadeiras situações de «aperto», e não para trocar de carro ou ir de férias. E, naturalmente, o fundo deverá ser reaprovisionado depois de ser utilizado por algum motivo.

Já que estamos em Janeiro, o ActivoBank7 lembra que o início do ano é sempre uma boa altura para avaliarmos o estado das nossas finanças pessoais, estabelecer novos objectivos e metas, e alterar os nossos hábitos, sempre que tal se justifique.

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