À margem do fórum que decorreu em Lisboa dedicado à Energia Nuclear, e questionado pelos jornalistas sobre até quando estaria disposto a esperar pela decisão do Governo, o mesmo disse que «já tenho 61 anos, isto é o canto do cisne». E acrescentou que a sua paciência pode ir «até 2007. Depois disso, penso que já não faz sentido».
Esse é, de resto, o último ano em que a decisão pode ser tomada, de modo a permitir ao País ainda cumprir as metas do protocolo de Quioto. «Se quisermos uma decisão parcial, mas importante, de cumprirmos em 2012 os mínimos do protocolo de Quioto, teríamos que decidir até 2007 porque são necessários 5 anos», disse.
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Estado só terá de pagar rede
O empresário garante que não vai pedir nada ao Governo para avançar com o projecto, se ele for aprovado.
«Nós não queremos nenhum subsídio», disse, peremptório. Está disposto a assegurar sozinho o financiamento da central nuclear, que ascende a 3,5 mil milhões de euros.
«Há um empresário disposto a assumir totalmente o risco, que não quer subsídios, que pede apoio¿ se isto não é bom para o país, não sei o que é», disse durante o fórum.
Apenas a rede ficaria a cargo do Estado. «Não vou financiar a rede, a rede é uma entidade de serviço público, aí é que o Governo tem de decidir se quer ou não quer», disse já à saída do evento. «A rede é uma empresa pública que fornece um serviço público», concluiu.
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