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OCDE propõe taxas ambientais para travar alterações climáticas

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A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) defende a utilização de taxas ambientais como forma de instrumento político para os países travarem as alterações climáticas.

«Os nossos estudos demonstram que as taxas ambientais são um eficiente instrumento político», afirmou, o secretário-geral da instituição, Angel Gurria, que esteve esta manhã reunido com o ministro da Economia português, Manuel Pinho, ao que se seguiu uma conferência de imprensa.

O responsável da OCDE acrescentou ainda que uma taxa sobre as emissões de gases pode «permitir que as empresas que as possam reduzir com custo mínimo o façam de imediato, deixando ao mesmo tempo às empresas com custos mais elevados a possibilidade de que paguem a taxa durante o tempo necessário à implementação dos ajustes tecnológicos».

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No entanto, aponta que estas taxas terão que ser praticadas mundialmente. «Taxas ambientais num só país não vão funcionar, tem de ser feito de forma generalizada. Para se adoptar uma conduta racional das emissões tem que se começar por reduzir o consumo de combustíveis e racionalizar energia», comenta. Para se conseguir este objectivo, sugere ainda que se aumente os preços da energia de forma a travar a procura e a tentar encontrar outras fontes alternativas.

Portugal corre risco de sofrer problemas extremos

Angel Gurria diz é necessário uma acção imediata para travar as alterações climáticas e apesar de considerar que os países mais afectados serão os mais pobres, aponta que todos serão atingidos por este problema. «Um país como Portugal desde já corre o risco de sofrer eventos climáticos extremos como seca, ondas de calor e incêndios florestais. Por conseguinte, é do vosso interesse agir para atenuar os feitos», sublinhou.

O secretário-geral da OCDE faz também outro alerta: «Não devemos exagerar no preço a pagar pelas mudanças. Na OCDE, consideramos que acções ambiciosas de luta contra as alterações climáticas reduziriam o PIB (Produto Interno Bruto) em cerca 1% até 2030, contanto que sejam adoptas politicas eficazes».

Gurria, que se mostrou impressionado com Portugal nesta frente diz o País tem vantagens ao possuir um amplo potencial para a produção de energia renovável que pode garantir às empresas crescimento internacional. Uma opinião partilhada também por Manuel Pinho. «Estamos perante um desafio que se pode transformar numa oportunidade», referiu.

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