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Oliveira e Costa: «Cadilhe custou 2,5 vezes mais que eu»

Ex-presidente do BPN diz que Cadilhe podia ter tido uma acção conciliadora mas preferiu lavar «as mãos como Pilatos»

O ex-presidente do grupo Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que era dona do BPN, Oliveira e Costa, fez uma referência, no Parlamento, aos elevados custos que a entrada do seu sucessor, Miguel Cadilhe, teve para o banco.

Oliveira e Costa, que pediu para ser ouvido pela segunda vez pela comissão de inquérito que está a investigar as circunstâncias que levaram à nacionalização do banco, sublinhou que «a entrada de Miguel Cadilhe no BPN custou duas vezes e meia mais do que eu ganhei em dez anos».

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Veja aqui as frases mais polémicas de Oliveira e Costa

O antigo presidente, que se encontra em prisão preventiva, garantiu que Miguel Cadilhe recusou encontrar-se com ele, antes de entrar no banco.

«Antes da entrada de Cadilhe [na instituição], liguei-lhe a perguntar se as notícias que apontavam para a sua entrada no BPN eram verdadeiras e disse-lhe que antes de assumir o cargo devia falar comigo mas ele recusou-se», revelou Oliveira e Costa que avançou ainda que Miguel Cadilhe só lhe ligou «na véspera de entrar no grupo» e que nessa altura então disse-lhe: «tenho pena que não me tenhas ouvido, um dia arrepender-te-ás», contou.

Veja aqui o vídeo de Oliveira e Costa

Oliveira e Costa disse ainda que Miguel Cadilhe «podia ter uma acção moderadora, mas preferiu silenciar o que sabia e lavar as mãos como Pilatos», atirou.

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«Cadilhe foi indutor de boicote» à venda da SLN

Para Oliveira e Costa, Cadilhe foi ainda «o principal indutor do boicote» à venda da Sociedade Lusa de Negócios (SLN).

«Os investidores líbios ligados a Kadafi chegaram a pedir ao Banco de Portugal autorização para comprarem a SLN a dois euros por acção. Mas o negócio nunca aconteceu, porque ao contrário do que se poderia imaginar, Cadilhe foi indutor do boicote à transacção», revelou.

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