«A Ota foi uma decisão política. E se se trata de uma decisão política, é melhor terminar com este assunto, mas se queremos fundamentar a decisão política, os estudos técnicos têm de aparecer», afirmou Fernando Santo, à margem do seminário «Os Engenheiros e a Gestão das Empresas», e citado pela «Lusa».
«Não podemos utilizar a engenharia para justificar decisões políticas», acrescentou.
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O bastonário da Ordem dos Engenheiros admitiu ter dúvidas em relação à viabilidade da localização do novo aeroporto de Lisboa na Ota, afirmando que não ter visto «nenhum esclarecimento cabal de justificação» para o novo aeroporto.
Fernando Santo arguiu que durante sete anos e três governos, «a investigação foi conduzida pelo lóbi ambiental», insistindo na necessidade de fazer uma análise para «perceber o porquê da escolha da Ota».
Questionado sobre a hipótese da Ordem dos Engenheiros apresentar um estudo, Fernando Santo disse que a Ordem não tem dinheiro para financiar um estudo.
Confrontado com a polémica sobre as habilitações académicas do primeiro-ministro, José Sócrates, o bastonário da Ordem do Engenheiros escusou-se a comentar o assunto, afirmando tratar-se de uma «questão pontual».
Fernando Santo disse que «além dos títulos académicos, há a formação de competências, pois competir no mercado global, exige uma formação cada vez mais adequada».
«Ser licenciado não é uma condição suficiente», concluiu o bastonário.
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