«Se a Sonaecom diz que os remédios são muito violentos, acredito que possa ter fundamento, e portanto isso pode ser negativo para eles. Não sei é se até ao fim esses remédios podem ainda ser alterados. Agora a notícia em si, acho que é potencialmente negativo para a Sonaecom e até para a PT, dado que a aquisição da PT por parte da Sonaecom é positiva» para a empresa do grupo Sonae, diz Ricardo Pimentel Seara, analista do BPI.
Como o BPI considera que «a aquisição da PT por parte da Sonaecom é positiva» para a empresa do grupo Sonae, no caso de a oferta cair, isso teria um impacto negativo para a Sonaecom.
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Relativamente à PT, «achamos que a empresa vale mais num cenário de fusões e aquisições», diz o analista do BPI. No entanto, ressalva, «em nossa opinião o valor intrínseco da PT é mais baixo do que aquele que é oferecido pela Sonaecom, mesmo os 9,50 euros». Por isso mesmo, caso a Sonaecom retire a oferta, a PT «deveria valer aquilo que nós achamos que vale, que é mais ou menos os 8,60 euros (por acção). Contudo, nesse cenário existiria ainda algum prémio de M&A».
O analista ressalva apenas que não se sabe se o que significaria uma desistência da Sonaecom: se a PT ficaria como está ou se isso daria lugar a uma outra oferta, por parte de um player diferente.
Perante isto, o BPI diz que o impacto é relativamente incerto, se houver outro player que venha fazer uma aquisição e que tente comprar a PT. Caso este cenário se verifique, «então aí acho que (o impacto do recuo da Sonaecom) pode ser neutral».
Contactada pela «Agência Financeira», a Portugal Telecom escusou-se a comentar as notícias hoje publicadas.
Fonte da empresa garantiu, entretanto, que neste caso, a Portugal Telecom não tem conhecimento do processo e que as únicas entidades que têm conhecimento dos remédios são a AdC e a Sonaecom.
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