Já fez LIKE no TVI Notícias?

Renováveis aumentam conta da luz menos que um café

Relacionados

Se gasta em média 20 euros mensais em electricidade, fique a saber que se essa energia for produzida através de fontes renováveis a sua factura tem um acréscimo menor do que o preço de um café, ou seja, de apenas 30 cêntimos. E se o factor temporal for alargado a um ano vai pagar mais 3,6 euros.

A garantia foi dada pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), em conferência de imprensa, depois de um estudo encomendado à E Value, que lhe permitiu chegar a esta conclusão.

Ainda se tiver uma factura mensal de 40 euros, o aumento previsto é de 61 cêntimos, o que resulta num acréscimo de 1,5 por cento.

PUB

O presidente da associação, António Sá da Costa, defende a utilização das energias renováveis e justifica-o dizendo que os preços destas se mantêm estáveis ao longo do tempo. «Daqui a 100 anos, os preços vão ser os mesmos. O vento, a chuva e o sol vão continuar a ser gratuitos», afirmou.

O objectivo da APREN com este estudo foi contrariar as tendências para dizer que este «sobrecusto» é que tem feito as tarifas eléctricas na indústria dispararem.

Segundo estimativas da ERSE, o «sobrecusto» com os encargos da produção em regime especial de fontes renováveis (PRE-FER), vai alcançar os 106 milhões de euros. Os mais penalizados vão ser os consumidores domésticos de baixa tensão (BT), cujo agravamento vai ser de cerca de 1,8%, concluiu a APREN. Isto porque os custos da PRE-FER foram incluídos parcialmente nas facturas dos clientes BT desde Maio, depois da alteração tarifária por parte do Governo.

Para estes cálculos, o estudo baseou-se nas tarifas definidas pela ERSE para 2006 que considerou factores como estimativas do preço médio do petróleo nos 54 dólares por barril este ano (que já vai actualmente nos 67,70 dólares), o custo médio de produção no sistema nacional de 57,4 euros/mWh (agora nos 61,2 euros) e o coeficiente de hidraulicidade.

O acréscimo calculado tem em conta duas condicionantes, de acordo com Sá da Costa, o custo do investimento que «está estabilizado e pouca variação vai ter» e o custo da energia térmica clássica que «vai aumentando».

Quanto a estimativas para o próximo ano, a associação diz ser «muito difícil de calcular» por causa das condicionantes, mas acredita que o diferencial vai ser ainda maior, sobretudo com os aumentos do preço do petróleo.

PUB

Relacionados

Últimas