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Sócrates: comparação à Grécia é injusta e despropositada

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Primeiro-ministro é mais uma voz a pedir a descolagem. E para os mais cépticos quanto ao corte do défice até 2013, lembra: «Já o fiz antes e sei como fazê-lo»

O Governo português está visivelmente preocupado e desagradado com a comparação frequentemente estabelecida a nível internacional, entre a situação das finanças públicas portuguesas e a da Grécia. Depois do governador do Banco de Portugal e do ministro das Finanças, foi a vez de José Sócrates rejeitar a equiparação.

Em declarações citadas pela Bloomberg, o primeiro-ministro considerou os paralelismos com o caso grego «injustos e desproporcionados».

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Aos mais cépticos quanto à capacidade de o Governo reduzir o défice orçamental dos 9,3% estimados para 2009 para menos de 3% em 2013, Sócrates lembra o que aconteceu em 2005. Na altura, o défice estava nos 6,1% e as entidades internacionais duvidaram da sua redução até 2007, mas o Governo conseguiu colocá-lo em apenas 2,6% nesses dois anos.

«Já o fiz, sei como faze-lo e estou empenhado nesse objectivo», afirmou.

Também esta terça-feira, tinha sido a vez do ministro das Finanças tentar separar as águas. «Não nos colem à Grécia», pediu o governante num encontro informal com jornalistas.

Também o governador do Banco de Portugal tinha já manifestado discordância em relação à comparação entre Portugal e a Grécia. Há duas semanas atrás, Vitor Constâncio fez questão de sublinhar que o caso de Portugal era muito diferente do da Grécia.

Tudo porque a constante comparação e associação faz com que a subida do risco da dívida grega nos mercados internacionais arraste consigo a dívida portuguesa.

O chefe do Governo assegurou que o Estado vai continuar a estimular a economia ao mesmo tempo que começará a cortar o défice e mostrou-se confiante no crescimento da economia. Os estímulos serão retirados em 2011.

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