O primeiro-ministro continua a considerar que a alta velocidade (TGV) é essencial para o futuro do país, que deve avançar, embora deixe as decisões de adjudicação para o próximo Governo. E compara o projecto à Ponte 25 de Abril.
«Estou sinceramente convencido que o país cometerá um erro terrível e que as gerações futuras se arrependerão se não avançarmos com o TGV», disse, em entrevista à SIC.
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«Sacrifícios dos portugueses valeram a pena»
A quem critica a factura que o projecto deixará a essas mesmas gerações futuras, José Sócrates responde sem hesitação: «Acha que foi um erro ter feito a Ponte 25 de Abril? Também foi paga ao longo de várias gerações. E ainda bem que foi feita. É o mesmo com o TGV, várias gerações futuras vão usá-lo».
O primeiro-ministro lembrou que, quando vivia na Covilhã, «demorávamos 5 horas a chegar a Lisboa. Queríamos uma auto-estrada que nos permitisse chegar mais rapidamente a Lisboa e agora existe. Não foi um investimento bem feito?».
Apesar de ter anunciado recentemente que as grandes decisões relativas ao TGV vão ficar a cargo do próximo Governo, o primeiro-ministro garante que sente a sua legitimidade «intacta».
«Ainda n recebemos a proposta da comissão sobre a escolha dos concorrentes. Por isso, é uma questão de escrúpulo democrático deixar a escolha para o próximo Governo. Tomar decisão em Agosto ou Outubro não prejudica em nada, por isso deixaremos para o Governo futuro decidir».
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