O spread pago pelo Estado português pela dívida pública tem vindo a disparar nos últimos meses. Esta sexta-feira atingiu o valor mais alto desde Julho de 2009, tendo duplicado em apenas dois meses, sinal de que os investidores acreditam que o risco da dívida da República Portuguesa está a aumentar.
Esta sexta-feira, o spread (aquilo que os investidores que compram dívida portuguesa em vez da alemã, que é a referência) estava acima dos 90 pontos base. A taxa total ascendia aos 4,212%.
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Também os credit default swaps (CDS) da dívida portuguesa, uma espécie de seguro para o caso de o Estado deixar de pagar o que deve, estão entre os que mais sobem.
As agências de rating têm colocado a dívida portuguesa sob alerta negativo, aguardando apenas pelo Orçamento do Estado para 2010, para decidir se cortam ou não a notação nacional. Tudo dependerá do facto de serem inscritas medidas de corte do défice no documento ou não.
E nem mesmo a carta enviada pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP) às agências de rating acalmou os investidores. O IGCP garante que o Governo português vai inscrever medidas de consolidação das contas públicas já no Orçamento do Estado para 2010, como o congelamento de salários.
IGCP tenta acalmar investidores e promete corte de défice este ano
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