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Taxas fixas para habitação ainda pouco atractivas

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A subida das taxas de juro está a ser sentida por todos os portugueses que possuem empréstimos, nomeadamente crédito à habitação.

Segundo dados da Comissão Europeia recentemente publicados, Portugal está entre os cinco países da Zona Euro mais vulneráveis à subida dos juros, uma vez que a esmagadora maioria dos créditos beneficia de taxas variáveis, avança o «Diário de Notícias».

Mas porque é que os portugueses continuam a preferir maioritariamente juros que variam ao sabor do mercado interbancário, em vez das taxas fixas? Na actual conjuntura, será que compensa contratar taxa fixa para toda a vida de um empréstimo?

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A principal razão para o reduzido sucesso das taxas fixas reside no facto de estas ainda serem muito elevadas em Portugal, como referiram ao DN alguns analistas. Com o diferencial entre as duas modalidades a situar-se, por vezes, em valores próximos dos dois pontos percentuais, dificilmente se conseguirá convencer um consumidor a fixar os juros a pagar durante 20 ou 30 anos.

«Com as taxas fixas ainda acima dos 5 por cento, não é compensador contratar esta modalidade», como referiu ao «DN» Catarina Frade, técnica do Observatório do Endividamento dos Consumidores (OEC).

Para João Fernandes, especialista da Deco (Associação de Defesa dos Consumidores) para estes questões, «os consumidores não optam pelas taxas fixas para prazos longos porque estimam que durante boa parte da vida do empréstimo estão a pagar juros acima dos valores das taxas variáveis».

Na Caixa Geral de Depósitos (CGD), por exemplo, as taxas fixas para o crédito à habitação apresentam um valor base de 4,450% para créditos a 30 anos, ao qual terá de ser adicionado o spread que o cliente conseguir contratar. Apesar da trajectória de subida em que se encontram, as taxas variáveis, por seu lado, podem ainda ser negociadas, no mínimo, em torno dos 4%.

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No caso do Millennium bcp, oferece uma taxa fixa para os seus empréstimos à habitação de 5,30%. Os restantes grandes bancos não as anunciam nos seus sites.

A principal vantagem de optar por taxa fixa para toda a vida de um crédito à compra de casa está no facto de o consumidor não se preocupar mais com as oscilações dos juros. Em alguns bancos, pode optar por fixar a sua taxa de juro por períodos mais curtos, como a cinco , dez ou 15 anos. No caso dos empréstimos ao consumo, de prazos mais curtos, as taxas fixas dominam.

Quanto à vantagem de escolher uma taxa fixa na actual conjuntura, dependerá de cada situação. É certo que as taxas, mesmo as fixas, já estiveram mais baixas, mas a perspectiva é de os juros vão continuar a subir, pelo menos até meados do próximo ano, segundo os analistas. Uma decisão que não dispensa o conselho do seu banco.

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