O presidente executivo da Media Capital, Manuel Polanco, considera que o acordo que a empresa estabeleceu com a Portugal Telecom, para que esta gira a rede de transmissão da sinal televisivo da TVI e assim se candidate à TDT, dá um impulso para o sucesso da nova plataforma e que foi a melhor opção para os seus accionistas. No entanto, o responsável acredita que Portugal pode falhar neste processo pelo facto desta tecnologia ainda não ter alta definição.
«Com este acordo demos um impulso para o sucesso da TDT. (...) Chegámos a um acordo que é o melhor para os nossos accionistas», referiu Manuel Polanco, à margem do almoço/conferência, promovido pela Meios & Publicidade.
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O mesmo adianta que não põe em dúvida o sucesso da plataforma, mas que «deveria ser altura para incorporar as últimas tecnologias». «É como um descafeinado ao não introduzir a alta definição. Não é atractiva como a televisão paga».
Manuel Polanco diz ainda que a opção do Governo por um primeiro concurso sem alta definição é uma «solução viável do ponto de vista político».
Acordo é nulo se PT não ganhar o concurso
Para além disso, o responsável mostra-se completamente a desfavor do aparecimento de um quinto canal generalista só para ter «mais um canal». «Seria mais interessante e apelativo o factor tecnologia», comentou o mesmo, sublinhando que, não havendo outro operador, poderia ser possível ter a TDT com alta definição para as já existentes quatro televisões.
«Os concursos oficiais para licenças de TDT podem ser uma história de oportunidade perdida. Portugal pode perder o comboio das tecnologias», acrescentou.
Quanto ao acordo firmado com a PT, o presidente da Media Capital não adianta valores por faltarem ainda «pontos a polir». E realça que a rede não deixa de ser da TVI, mas passa apenas a ser gerida pela PT até 2011. «Se a PT não ganhar o acordo é nulo», esclareceu.
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