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ANF quer emitir 440 mil cartões farmácia até final do ano

Projecto vai envolver um investimento total de 34 milhões de euros

A Associação Nacional de Farmácias (ANF) quer emitir, até ao final deste ano, cerca de 440 mil cartões Farmácias Portuguesas. De acordo com o vice-presidente do organismo, João Silveira, é uma meta possível de alcançar, tendo em conta os números alcançados nos primeiros dias.

O projecto, lançado no passado sábado, conseguiu em 72 horas a adesão de 690 farmácias, foram emitidos 17.754 cartões e atribuídos 250.418 pontos. «Estamos bastante optimistas em relação ao sucesso desta iniciativa», refere o responsável em conferência de imprensa.

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Para já, foi investido 10 milhões de euros neste projecto mas o total deverá rondar os 34 milhões de euros.

Afasta apelo ao consumo

João Silveira nega que este cartão faça apelo ao consumo, uma vez que, no entender do mesmo, a ANF «sempre foi contra a liberalização das farmácias, onde muitas vezes os medicamentos são vendidos em verdadeiros templos do consumo», refere.

Este projecto vem, de acordo com o responsável, «ajudar as farmácias ao acabarem com a venda fiada e, por outro, os consumidores que podem pagar os medicamentos em 90 dias sem juros».

Incerteza quanto à adesão do crédito

O cartão Farmácias Portuguesas, parceria entre a ANF e a Caixa Geral de Depósitos (CGD), tem duas funcionalidades. Se por um lado, funciona como meio de pagamento nas farmácias, por outro, pode funcionar como cartão de crédito fora desta rede.

O plafond mínimo é de 250 euros mas pode ir até aos 10 mil euros, caso o mesmo seja autorizado pela CGD.

De acordo com o responsável da instituição financeira, Francisco Bandeira, «ainda é cedo para saber se os clientes optaram ou não por utilizar este cartão com a funcionalidade de crédito», acrescentando ainda que «nos primeiros dias tratou-se massivamente de um cartão de fidelização».

Recorde-se que este cartão permite a acumulação de pontos (1 ponto por cada euro) em compras de produtos que não sejam sujeitos a receita médica. Também os pontos acumulados não podem ser trocados por medicamentos sujeitos a receita médica. Este cartão pode então funcionar como meio de pagamento, com um débito diferido de 105 a 135 dias, sem juros e a partir de compras superiores a 5 euros.

A ANF está a realizar uma campanha de publicidade para promover esta iniciativa e irá cobrir os principais suportes de comunicação até ao final do mês de Abril.

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