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Galp diz que nada pode fazer nos preços dos combustíveis

Responsável diz que são apenas «tomadores de preços»

É certo que o preço do petróleo tem disparado sucessivamente para novos máximos, uma situação a que não fica indiferente o valor dos combustíveis. Confrontado com este cenário, o presidente executivo da Galp Energia, Ferreira de Oliveira, diz que nada pode fazer para evitar o aumento do preço final para os consumidores e explica porquê.

«É uma realidade contra a qual nada posso fazer», afirmou o responsável na apresentação de resultados trimestrais da petrolífera e que denotaram uma quebra nas vendas de gasóleo e gasolina.

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Para além disso, considera que, neste momento, também «não há ambiente para» fazer promoções nos combustíveis. «Temos preços elevadíssimos e resultados baixos», sublinhou.

Os resultados líquidos ajustados da Galp caíram 8,4% para os 109 milhões neste primeiro trimestre e a sua actividade de refinação e distribuição caiu 50 por cento para os 38 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, face a uma subida de 46% do preço do Brent (petróleo vendido em Londres e de referencia para a Europa).

De acordo com Ferreira de Oliveira, o preço do produto é definido pelo mercado internacional e «não há nenhuma entidade, nem mesmo a Organização Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que consiga definir preços».

Ferreira de Oliveira gostaria que preços baixassem

«A Galp não define o preço do fuel, gasóleo ou gasolina. Nós somos simplesmente tomadores de preços», comenta. O formador de preços será assim o mercado (oferta e procura), bem como uma certa especulação, admite.

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E acrescenta: «A indústria deseja que os preços baixem e tudo fará para que os preços se mantenham em níveis suportáveis pelos clientes, mas não podemos alhear-nos da economia que nos rodeia», disse.

O responsável da empresa cujos postos abastecem entre 250 mil a 300 mil pessoas por dia, considera que o preço do Brent nos 120 dólares por barril é uma «angústia».

Para Ferreira de Oliveira, a solução estaria, para além de uma correcção do mercado, na mais baixa tributação dos combustíveis em Portugal e numa aproximação dos impostos aplicados na gasolina dos indexados ao gasóleo.

«Estou do lado dos consumidores: gostaria que fosse aliviada a carga fiscal e que esta na gasolina se aproximasse da do gasóleo», rematou.

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