O administrador responsável pela supervisão dos bens de Bernard Maddoff, Irving H.Picard, processou a mulher deste, Ruth Madoff, reclamando 45 milhões de dólares (32 milhões de euros) que diz terem sido gastos «numa vida de esplendor».
Há várias semanas atrás, Ruth Maddoff deixou a penthouse em Manhattan no valor de 7 milhões de dólares (5 milhões de euros) onde ela e o marido viveram durante os seus 49 anos de casamento.
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O advogado de Ruth Maddoff, Peter Chavkin, declarou que o processo legal instaurado por Picard é «errado do ponto de vista da lei e de justiça», afirmando que é «injustificado», visto que a sua cliente já tinha informado o gabinete do procurador-geral de todos os seus bens descritos no processo legal.
Chavkin acrescenta ainda que o procurador-geral «determinou que Ruth Maddoff tinha direito a manter os seus bens avaliados em 2,5 milhões de dólares (1,8 milhões de euros), uma vez que estes não estão ligados à fraude».
Apesar desta decisão, a mulher de Maddoff não fica ilibada de responder perante outros processo legais impostos por investidores ou pelo administrador com o objectivo de recuperar o seu dinheiro.
Picard reforça que Ruth viveu durante anos «uma vida de esplendor» graças a dezenas de milhares de dólares provenientes da empresa de investimento do marido nos últimos seis anos, sem que a firma tenha recebido qualquer benefício correspondente ou valor em troca. O dinheiro terá sido usado para pagar despesas do cartão de crédito e o seu iate e depois transferido para familiares.
Agora Piccard quer que o tribunal conceda uma quantia não inferior a 44,8 milhões de dólares (31,9 milhões de euros) que terão sido usados por Ruth Maddoff, sabendo que pertenciam aos clientes, para distribuir às vítimas do esquema.
Ruth Maddoff não foi acusada de qualquer crime, ao contrário do marido, Bernard Maddoff, que foi recentemente condenado a 150 anos de prisão por cometer a maior fraude de sempre.
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