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Qimonda: fundos de Bruxelas não servem para salvar empresas

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«Ninguém pode salvar uma empresa que o proprietário não quer salvar», alerta comissão europeu

O comissário europeu para a Indústria, Guenter Verheugen, afirmou não haver qualquer hipótese de ajudar a Qimonda, após a declaração de falência, e sublinhou que os fundos europeus «não se destinam a salvar empresas».

«Quando um empresário já não quer manter uma firma num determinado local, numa economia de mercado, os dados estão lançado», acentuou o vice-presidente da Comissão Europeia, em entrevista publicada esta terça-feira no Saechische Zeitung, de Dresden, avança a Lusa.

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Verheugen reconhece depois que a União Europeia tem tido um problema de competitividade no sector de semi-condutores, resultante de concorrência desleal, mas também da falta de potencial europeu.

«Acho que temos de nos decidir, ou queremos estar na vanguarda deste sector, e então precisamos de um plano a longo prazo, apoiado pela política e pela economia, ou este sector desaparecerá da Europa», advertiu o comissário alemão.

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Na actual situação, porém, «os fundos comunitários não podem ser utilizados para salvar uma empresa», afirmou.

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«A Comissão só pode zelar para que não haja uma corrida aos subsídios, as nossas regras também são válidas em tempos de crise», acrescentou o vice-presidente da Comissão.

Inquirido sobre as hipóteses de salvar a Qimonda com ajudas europeias, Verheugen foi categórico.

Países asiáticos podem sair reforçados da crise

«Ninguém pode salvar uma empresa que o proprietário não quer salvar», sublinhou o comissário europeu, aludindo ao papel do principal accionista, a Infineon, que detém 77,5 por cento do capital da Qimonda.

Em entrevista ao mesmo jornal, o ministro da Economia da Saxónia, Thomas Jurk, tinha exigido ajudas financeiras de Bruxelas para a Qimonda, que emprega 12 mil trabalhadores em todo o mundo, 1700 dos quais na unidade de produção de Vila do Conde.

«Há o risco de os países asiáticos saírem reforçados desta crise», advertiu Jurk.

O político alemão criticou ainda os limites à atribuição de ajudas comunitárias, lembrando que estes foram criados para que os países mais pobres tenham hipótese de estabelecer firmas no espaço comunitário.

Os trabalhadores da principal fábrica da Qimonda manifestam-se hoje em Dresden pela defesa dos seus postos de trabalho.

No comício de encerramento participará também um representante português do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas do Norte e Centro (STIENC).

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