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Brisa garante que cria mais valor sozinha

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A Brisa-Auto-Estradas de Portugal considera que cria mais valor sozinha do que integrada num grande grupo internacional, num eventual cenário de fusão, que lhe condicionaria a acção, disse o CFO da empresa, João Azevedo Coutinho, à agência «Reuters».

Alguma imprensa e analistas têm referido que a Brisa poderia, a prazo, ser um alvo apetecível de «players» externos. A Abertis tem 10 por cento da concessionária e, recentemente, a espanhola tentou a compra da italiana Atlantia.

«Continuamos a acreditar que criamos mais valor fazendo o percurso que estamos a fazer do que integrados num maior grupo mas em que, naturalmente, iríamos diminuir a capacidade de gestão e decisão ao nível nacional», afirmou o responsável.

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«A Brisa pode ser um player internacional, e está a sê-lo, a demonstrá-lo. Está a participar com grande empenho, mas foi algo muito preparado, não surgiu de um momento para o outro. O nosso objectivo é criar uma multinacional no sector das concessões rodoviárias», disse.

Em Portugal, a empresa vai continuar a crescer, pela atribuição de novas concessões, mas também pela análise de eventuais oportunidades de aquisição.

«O nosso presidente já o referiu várias vezes que seria lógico que houvesse um processo de maior consolidação no mercado (português). Nós colaborámos (na consolidação do sector) (...) (com) uma primeira iniciativa de tomar uma participação nas Auto-Estradas do Atlântico», apontou, lembrando que «foi uma operação muito discutida do ponto de vista da concorrência».

«A Brisa olha essencialmente para concessões que estejam disponíveis e que a Brisa possa investir, a Brisa estará interessada. O negócio da construção propriamente dito, não nos consideramos especialistas. Somos especialistas em gestão de projectos e não em construção», afirmou.

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Em negociações com o Estado

Perante o crescimento e diversificação dos seus negócios, a empresa está a negociar com o Estado português uma reorganização corporativa, para a criação de uma holding gestora de participações.

A empresa detém a concessão de 1.106 kms de auto-estrada em Portugal válida até 31 de Dezembro de 2032 pelo que tem de ter o «OK» do Estado para alterar a sua estrutura societária.

«Não é só pela razão da alavancagem financeira mas também pela razão da lógica empresarial faria algum sentido que a Brisa de certo modo desagregasse a sua actividade para uma empresa específica. Deve ser uma actividade gestora de participações», disse o CFO da Brisa.

Lembrou que a Brisa está a participar, neste momento, «com grande interesse no novo aeroporto» e que não fará muito sentido ser uma concessionária de auto-estradas a deter uma concessão de aeroportos.

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