O indicador de inflação subjacente, medido pelo índice total excepto produtos alimentares não transformados e energéticos, apresentou uma taxa de variação homóloga um p.p. inferior à do IPC total (1%). Excluindo os produtos energéticos, a taxa de variação do IPC total ter-se-ia situado em 1,4%, anuncia o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A classe dos transportes foi a que apresentou a contribuição de sinal positivo mais significativa, justificando cerca de 27% da variação registada para o IPC total.
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Por seu lado, a contribuição negativa do vestuário, calçado e das comunicações, justificou cerca de 25% da variação do índice total. Todas as outras classes contribuíram em sentido positivo para a taxa de variação homóloga.
Preços descem 0,2% face a Julho
O IPC apresentou uma variação mensal de menos de 0,2%, um valor inferior em três décimas de ponto percentual ao observado em Agosto do ano anterior.
A variação média dos últimos doze meses do IPC diminuiu uma décima de ponto percentual, situando-se em 2,7%.
No mês em análise, o vestuário e calçado registou a variação mensal negativa mais significativa de menos de 6,9%, reflectindo o efeito sazonal da época de saldos, situando-se 1 p.p. abaixo do valor observado no mês de Agosto de 2005.
Esta classe contribuiu com cerca de 59% da variação mensal registada para o IPC total. Destacam-se ainda as variações negativas observadas nas classes dos acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação ( menos 0,2%) e dos bens e serviços diversos (menos 0,1%).
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De sentido contrário assinalam-se as variações mensais das classes dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (0,7%), do Lazer, recreação e cultura (0,6%) e da Saúde (0,5%), que contribuíram com cerca de 29% da variabilidade mensal total do índice.
As restantes classes de despesa do IPC registaram variações mensais que se situam entre os 0,0% e os 0,2%.
A nível de subgrupos destacam-se as contribuições negativas do calçado e dos artigos de vestuário, cujas taxas de variação mensal foram de menos de 7,6% e menos de 6,9%, respectivamente.
São também de salientar as diminuições de preços registadas nas frutas (menos 1,7%) e nos óleos e gorduras (menos 2,1%). No entanto, para a evolução da classe dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas contribuíram, de forma mais significativa, os aumentos de preços verificados na carne (1,2%), no peixe (1,8%) e nos produtos hortícolas (2,6%).
O aumento de preços registado nas férias organizadas (6,7%) foi o que mais contribuiu para a evolução da classe do lazer e cultura, assim como o aumento dos preços dos combustíveis e lubrificantes (0,5%) foi o mais expressivo na classe dos transportes.
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Índice Harmonizado sobe 2% face ao mês homólogo
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou um aumento de 2% face a Agosto do ano anterior e um decréscimo de 0,1% face ao mês anterior.
De acordo com a última informação disponível para os doze países membros da Zona Euro (Julho de 2006), o IHPC português registou a sétima maior taxa de variação homóloga, duas décimas de p.p. abaixo do valor médio do grupo (2,4%).
O IHPC apresentou, entre Julho e Agosto, uma variação mensal de menos de 0,1%. O valor observado no período homólogo foi de 0,2%.
A variação média dos últimos doze meses medida pelo IHPC português diminuiu para 2,6%.
De acordo com os últimos dados disponíveis sobre a evolução dos preços no consumo na Zona Euro, a diferença entre a taxa de inflação média portuguesa e a observada para a totalidade dos países pertencentes à Zona Euro manteve-se em 0,3 p.p. em Julho de 2006.
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