O presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC) considera positiva a decisão do Governo Regional da Madeira em passar a definir os preços máximos dos combustíveis, mas quer saber através de que fórmula.
«É uma medida positiva para todos os consumidores da Madeira», disse à «Lusa» Augusto Cymbron adiantando que é necessário saber se a descida dos preços, que se pretende, será feita através da descida do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) ou «pedindo sacrifícios às companhias».
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O presidente da ANAREC diz acreditar que a definição dos preços vai passar pela descida do ISP tal como aconteceu nos Açores, onde o custo dos combustíveis é o mais baixo do país.
Na opinião de Augusto Cymbron seria negativo que o Governo Regional da Madeira optasse por impor a redução dos preços às companhias petrolíferas que operam no arquipélago.
O presidente da ANAREC justificou dizendo que as companhias que abastecem as ilhas têm custos adicionais devido às despesas inerentes com o transporte dos combustíveis.
«Se fossem pedidos sacrifícios às empresas, elas poderiam sair dos arquipélagos, porque já não têm tanta margem de lucro», referiu.
Ainda quanto ao ISP, considera que o imposto devia baixar no continente permitindo que os combustíveis em Portugal fossem idênticos aos de Espanha.
Fonte oficial anunciou que o Governo Regional da Madeira vai passar a definir os preços máximos dos combustíveis na Região a partir de sexta-feira por considerar que a liberalização dos preços é ineficaz e devido à «instabilidade dos mercados».
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A notícia da portaria que define preços máximos do combustível a praticar na Região, avançada na edição de hoje do Diário de Notícias da Madeira, foi confirmada à Lusa pela directora Regional do Comércio e Energia, Isabel Catarino Rodrigues.
De acordo com a responsável, o Governo Regional «vem monitorizando semana após semana a evolução dos preços dos combustíveis na Região». «Isso levou-nos a tomar esta decisão», frisou.
Com a portaria a ser hoje aprovada e publicada, o Governo Regional vai definir os preços a praticar quinzenalmente, tendo como elementos de cálculo os diversos factores do preço final.
O Governo Regional não põe de parte, no futuro, o regresso ao sistema de liberalização dos preços.
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