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CMVM cria equipa de combate a crimes de mercado

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A CMVM criou uma «task force» para combater os crimes de mercado.

O anúncio, divulgado esta quinta-feira pelo presidente Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares, insere-se nas prioridades do regulador para o futuro: «A CMVM pretende desenvolver e aperfeiçoar os meios de detecção de crimes de mercado», disse o responsável, sublinhando que «as situações mais difíceis de detectar não são as mais grosseiras» dado haver outro tipo de manipulação quase imperceptível.

Por isso, «estamos a trabalhar com uma task force especificamente para esse efeito», reconheceu Carlos Tavares.

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De acordo com o programa de acção da CMVM, neste campo, a entidade «pretende desenvolver/aperfeiçoar os meios mais avançados de detecção precoce de crimes de mercado, dissuadir a concorrência e, quando ocorram, puni-los de forma rápida».

Das várias formas de manipulação do mercado, conta-se a compra ou venda de instrumentos financeiros na altura do seu fecho para influenciar o preço de referência, as transacções em que não há alteração do beneficiário económico do valor transaccionado ou a disseminação de informação falsa ou enganosa através dos media.

Em matéria de dados sobre a actividade do regulador nos primeiros seis meses do ano, a CMVM informou que foram abertos 18 processos de contra-ordenação e resolvidos 15 (dos quais 9 são graves e 6 muito graves). Estão ainda em curso 50 processos de contra-ordenação e 35 de investigação.

Reestruturação do regulador sem custos humanos

A CMVM informou ainda que se encontra num processo de simplificação de registos e outros actos operacionais, que vão permitir à entidade eliminar

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42 dos actuais 200 tipos diferentes de registos e autorizações «desnecessárias para actuar no mercado».

Além disso, esta reforma, que deverá entrar em vigor a 1 de Novembro, prevê também a simplificação de 52 actos: até agora de controlo prévio, passarão a estar sujeitos a supervisão «a posteriori».

«É uma filosofia mais exigente para todos e uma mudança no tempo de supervisão que não pode alterar as regras dessa mesma supervisão», esclareceu Carlos Tavares.

Com esta reestruturação, a CMVM não prevê redução de pessoal: «Esta simplificação não tem redução de custos humanos. Neste momento temos até uma insuficiência de meios, devido às exigências do DMIF (Directiva dos Mercados de Instrumentos Financeiros)», explicou o presidente da comissão.

Por último, a CMVM estuda ainda um novo modelo de financiamento em que os emitentes de acções passam a ser diferenciados nas taxas cobradas em função da capitalização bolsista.

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