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Berardo obrigado a lançar OPA se obtiver mais de 33% do SLB

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O empresário Joe Berardo pode ter de lançar uma oferta obrigatória sobre a SAD benfiquista se conseguir mais de 33% do capital.

Recorde-se que o comendador lançou já uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre 85% do capital da empresa.

A declaração foi feita pelo presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares, num encontro com jornalistas. O responsável explicou que teve de pedir esclarecimentos adicionais a Joe Berardo porque, na eventualidade de o mesmo conseguir mais de 33% do capital da SAD e ter de lançar uma oferta obrigatória, as condições da mesma devem constar do pedido de registo da OPA.

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Caso isto se verifique, o preço da nova oferta obrigatória pode ter de vir a ser fixado por um auditor independente, já que a SAD está cotada há menos de seis meses.

Carlos Tavares quis também saber mais sobre «os objectivos da oferta e a estratégia para a empresa», adiantando que a CMVM notou algumas divergências entre o que consta do pedido de registo da OPA e algumas declarações públicas feitas pelo comendador.

O facto de terem sido pedidos esclarecimentos, interrompe o decorrer do processo. Depois de prestados os esclarecimentos adicionais por Joe Berardo, a CMVM tem mais oito dias para decidir se regista ou não a oferta.

«OPA chinesa» ainda dá que falar

Não está ainda esclarecido o que aconteceu relativamente à chamada «OPA chinesa». Em declarações ao «Diário Económico» o empresário Vasco pereira Coutinho afirmou existir um grupo chinês interessado em lançar uma OPA sobre o Benfica, o que fez disparar as acções, na sequência de uma série de rumores, nomeadamente sobre o preço que esse grupo estaria disposto a pagar pelas acções da SAD. A oferta acabou por não se concretizar e o investidor chinês disse depois ter perdido o interesse.

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«Ainda não há dados suficientes para saber se houve ou não irregularidades», disse o presidente da CMVM, que está a investigar o caso.

Segundo Carlos Tavares, podem existir dois tipos de infracções neste caso: «não guardar segredos sobre possíveis projectos e, nesse caso, está em causa uma contra-ordenação, ou transmitir informação manipulatória para o mercado e aí já é crime».

Para o responsável, o importante é «perceber a relação entre quem disse e quem fez». Para já, «o processo está em fase de análise».

Carlos Tavares recordou que a coima implícita oscila entre os 25 mil euros e os 2,5 milhões de euros.

Ainda assim, Carlos Tavares sublinhou que «o facto de uma SAD estar cotada em bolsa contribui para a transparência dessa própria sociedade» e «as SAD têm feito um esforço genuíno para se manterem regularizadas».

Sobre a oscilação das acções, lembrou que «a actividade das SAD é naturalmente influenciada pelos resultados desportivos e por isso é natural que não exista um comportamento tão contínuo nas acções».

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