O primeiro-ministro confirmou esta quarta-feira a existência de uma conta do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) no BPN, adiantando que a mesma remonta a 1999. E reiterou que o dinheiro esteve sempre seguro.
José Sócrates, que falava no debate parlamentar na generalidade do Orçamento do Estado para 2009 (OE2009), negou que o Estado tenha feito um depósito de 500 milhões de euros na instituição que está a ser nacionalizada, depois de saber das irregularidades que ali eram praticadas.
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Recorde-se que o Governo decidiu nacionalizar o BPN depois de este ter entrado em ruptura devido a operações ilegais.
O IGFSS gere o dinheiro das contribuições pagas à Segurança Social pelos contribuintes e pelas empresas. O ministro da tutela, Vieira da Silva, tinha já admitido na terça-feira, à saída da reunião de concertação social que algum desse dinheiro estava aplicado no BPN.
São cerca de dois mil milhões de euros geridos por este instituto, que estão dispersos por oito bancos, entre eles o BPN.
«Não é verdade que o Estado tenha ido a correr depositar 500 milhões de euros ao BPN. Não existe um depósito de 500 milhões de euros da Segurança Social. O que há é uma conta aberta no BPN desde 1999», disse o primeiro-ministro.
Sócrates reagiu ainda às críticas dos deputados que questionaram a permanência do dinheiro dos contribuintes na instituição depois de terem sido detectados os problemas. «Achava que o Estado devia ir a correr levantar o dinheiro para precaver o seu depósito? Não, o Estado sabe que os seus depósitos estão garantidos, tal como estão garantidos todos os depósitos dos portugueses», concluiu.
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