As contas são do primeiro-ministro: «Em 2009, o aumento na Função Pública foi de 2,9%, o que significou um aumento real de 3,7%. Por isso, os trabalhadores compreenderão que, em 2008 e 2009, o aumento real andou à volta dos 3%».
Foi assim que José Sócrates justificou o congelamento dos salários dos trabalhadores da Função Pública, pedindo «compreensão» agora para a «necessidade de reduzir o nosso défice».
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Ministro disposto a perder parte do salário
Função Pública: negociação salarial começa dia 9
As críticas jorraram dos partidos de Esquerda. «Porque é tão sensível ao sector financeiro e é tão implacável com os funcionários públicos?», questionou Jerónimo de Sousa, e adiantou: «Esta a falar dos salários nos últimos dois anos. Eu falo nos últimos dez. Os funcionários públicos sabem quem está a falar a verdade».
Também Heloísa Apolónia, do partido Os Verdes, falou sobre o congelamento dos salários dos trabalhadores da Administração Pública, sublinhando que isso só acontece porque «não estamos em ano de eleições». A intervenção desta deputada mereceu aplausos de alguns deputados comunistas.
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