É preciso um enquadramento fiscal mais rápido. Quem o defende é o presidente executivo da Jerónimo Martins, Luís Palha da Silva, que refere que este tipo de questões é importante na hora de tomar decisões de investimento.
A lentidão está, no entender de Palha da Silva, a afastar as empresas «da clara noção de quando estão a beneficiar dos serviços do Estado».
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No Fórum para a Competitividade, que decorreu esta quinta-feira em Lisboa, o porta-voz da Jerónimo Martins queixou-se dos efeitos desta morosidade ao nível das reclamações graciosas, dos pedidos de informação ou dos processos judicias: «Não são raras as empresas com processos judiciais (a decorrerem) há mais de 10 anos. Para uma empresa cotada ainda se torna mais importante este tema», sustentou no mesmo encontro.
Crise trava internacionalização
Já sobre a actividade da empresa na Polónia, Palha da Silva caracterizou a posição neste tema naquele país como «uma relação bastante higiénica ao nível dos enquadramentos».
Além disso, sublinhou que há outros tópicos mais decisivos na hora de avançar com a internacionalização, nomeadamente ter uma boa retaguarda: «Estamos menos interessados em obter um determinado ganho fiscal na internacionalização. Os nossos negócios têm de ser realizados por terem um projecto sólido na área operacional», esclareceu.
O CEO da Jerónimo Martins reconheceu que a empresa não está imune à crise e explicou ser natural que, em momentos de maior volatilidade, «diminua as suas capacidades de se internacionalizar».
A empresa mantém a estratégia de abrir 150 lojas por ano, apostando no crescimento orgânico.
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