O presidente da Sonae, Paulo Azevedo, garantiu esta quinta-feira que a crise financeira internacional não afecta a estratégia de investimento do grupo, mas salientou, segundo a agência «Lusa», que vai «esperar» para saber o que vai acontecer ao mercado «para tomar as grandes decisões».
O presidente da comissão executiva do grupo Sonae intervinha numa conferência sobre a economia portuguesa, promovida na Quinta das Lágrimas, em Coimbra, pela Fundação Inês de Castro e o Hotel Quinta das Lágrimas, no âmbito do ciclo «Quintas na Quinta».
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A «descida do consumo», o «decréscimo de investimento dos outros» sectores e os «problemas e condições de obtenção de crédito» são os três factores que admitiu estarem a prejudicar as actividades económicas das empresas que integram a Sonae.
Frisando que o recurso ao crédito é determinante «para começar novos negócios», Paulo Azevedo disse que os principais obstáculos ao crescimento da Sonae radicam neste problema.
Assim, «quase tudo se resume às restrições no sistema financeiro», adiantou o filho e sucessor do fundador do grupo, Belmiro de Azevedo.
Novos financiamentos para crescer
«Para crescer, precisamos de novos financiamentos», referiu, perante dezenas de pessoas que o escutavam.
Paulo Azevedo referiu que a Sonae, «apesar de até gostar de algumas dificuldades», vai manter uma estratégia e um «caminho» já delineados, tentando «tirar partido desta redução dos recursos» e do que classificou como «uma mini-crise».
No entanto, admitiu, «será muito crítica a velocidade com que se irão resolver os problemas do sistema financeiro».
Apesar do optimismo que procurou transmitir, o empresário vaticinou que a actual crise mundial do sistema financeiro «terá cada vez mais efeitos na economia real», os quais considerou «não ser fácil neste momento» antever.
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