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Combustíveis: portugueses não têm capacidade de protesto

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Consumidores estão dispersos e são pouco unidos

Os portugueses não conseguem unir-se e manifestar-se contra a alta do preço dos combustíveis da mesma forma que outros europeus têm feito.

A opinião é do presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC), Augusto Cymbron. Em declarações à Agência Financeira, diz não acreditar que os elevados preços dos combustíveis consigam gerar uma manifestação de peso, como a que na quinta-feira reuniu 200 mil pessoas no centro de Lisboa, contra as alterações ao Código do Trabalho.

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«Não acredito, porque Portugal, apesar de ser um país pequeno, é um país em que os consumidores estão muito dispersos, não há união», disse. E quanto às manifestações e greves de alguns sectores mais penalizados, como os transportes de mercadorias e táxis, a que se assiste um pouco por toda a Europa, a ANAREC também não acredita que sejam possíveis em Portugal.

«Há razões para protestar, mas quem é que vai querer perder tempo depois do relatório da Autoridade da Concorrência (AdC)», disse. A AdC concluiu, após um estudo de um mês, que não existe concertação de preços no sector dos combustíveis nem sinais de posição dominante por parte da Galp Energia.

«Uma greve dos postos de combustível ou até mesmo das empresas de transportes, dos táxis¿ está fora de questão. Os empresários têm custos e salários a pagar e já estão em grandes dificuldades financeiras», explica.

Para Augusto Cymbron, a solução passa por pressionar o Governo e as companhias petrolíferas através da comunicação social, com artigos de opinião, e na Assembleia da República, com o protesto e as perguntas incómodas dos deputados.

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