O consumo de combustíveis em Portugal, de Janeiro a Junho, continuou a apresentar uma ligeira redução quando comparado com o período homólogo (menos 0,3 por cento), de acordo com os dados da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
«Não acompanhou o aumento acentuado das cotações médias internacionais do Brent verificado durante o primeiro semestre de 2008 (mais 36,5% em euros/barril e mais 44,3% em dólares/barril), com repercussões nos preços dos combustíveis fósseis comercializados em Portugal», referem.
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No respeitante ao consumo dos combustíveis rodoviários, e em relação ao período homólogo precedente, continuou a verificar-se um ligeiro decréscimo, de 0,8%. Contudo, o consumo global não foi uniforme, tendo-se verificado um decréscimo no consumo das gasolinas (menos 6,3%), enquanto que nos consumos de gasóleo e de gás-auto se verificaram aumentos de, respectivamente 1,1% e 11,5%, não acompanhando a tendência da evolução do preço dos combustíveis rodoviários em Portugal, em relação ao mês homólogo do ano anterior.
Preço do gás natural sobe 15%
A descida nas gasolinas foi especialmente significativa na gasolina aditivada (menos 82%), que praticamente deixou de ser consumida nos últimos meses, e na gasolina sem chumbo 98 (menos 21,2%), não se registando alterações na tendência que já se vinha verificando. Relativamente à gasolina sem chumbo 95 o consumo baixou 3,5%.
No entanto, esta evolução do consumo não foi igual em todos os combustíveis. O consumo de gás natural apresentou o maior crescimento para o período homólogo de 15,5%. Em contrapartida, o consumo dos produtos derivados do petróleo decresceu 2,3% e o do carvão 12,6% no mesmo período.
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Indústria consome mais 870% de carvão
No que respeita ao consumo de gás natural, é de salientar que o crescimento generalizado no seu consumo se verificou em todos os sectores de actividade, continuando a ter especial relevância o sector electroprodutor que apresenta um crescimento de 29,4% comparado com o mês homólogo. Já na indústria, o consumo deste combustível aumentou 4,2% no mesmo período, ligeiramente inferior ao verificado no mês passado (mais 4,7%). O fornecimento às distribuidoras (doméstico e serviços) aumentou em 7,6%, menos 0,4% que no mês anterior.
O preço médio do gás natural, em relação ao trimestre homólogo do ano anterior, subiu cerca de 15% para o sector doméstico, tendo apresentado uma redução de cerca de 7,3% para o sector industrial.
No âmbito dos produtos derivados do petróleo, deu-se uma continuação da quebra nos consumos do mercado interno do fuelóleo (menos 10,7%).
«Quanto ao consumo de carvão, no ano móvel em apreço, continua a verificar-se uma quebra no consumo (menos 12,6%). No sector industrial verifica-se, para o mesmo período, um aumento muito significativo no consumo na ordem dos 870%», adianta a DGEG.
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