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Portugueses estão dispostos a ganhar menos

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Empresas preocupam-se com reorganização qualitativa dos seus funcionários

As empresas estão a valorizar cada vez mais a experiência adquirida dos candidatos, mas se isso o leva a pensar que estariam dispostas a pagar mais do que costuma despender por recém-licenciados engana-se. A resposta certa é que os portugueses estão mais disponíveis a ganhar menos, de acordo com o presidente da empresa de recursos humanos Multipessoal.

Em entrevista à Agência Financeira, Afonso Batista adianta que, inclusivamente, há quem aceite um emprego pelo mesmo salário que tinha no anterior posto de trabalho uma vez que, agora, os factores decisivos são a estabilidade, a credibilidade da empresa e o projecto em si.

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De acordo com o mesmo, outra mais-valia num Curriculum Vitae (CV) é formação «extra-licenciatura». «Pós-graduações ou mestrados são genericamente valorizados. Quanto melhor for o currículo académico, mais hipóteses tem o candidato».

Mas não fica por aqui. Para a Multipessoal, as características pessoais do candidato são cada vez mais importantes, tais como o empenhamento com a empresa, dedicação e ética. E as actividades extra-curriculares, bem como experiência lá fora podem ser determinantes para a escolha. «Este é um ponto altamente valorizado, seja a empresa multinacional ou não».

Saúde, TI, turismo e vendas com maior oferta de emprego

Relativamente às áreas com maior oferta de emprego, Afonso Batista aponta a saúde, as tecnologias da informação, turismo e também lugares para comerciais (vendas). Já os sectores fortemente empregadores por tradição em Portugal, como a construção, «estão estagnados».

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No outro extremo, a Multipessoal tem recebido grandes quantidades de CV e um acréscimo da disponibilidade. «Recebemos mais 60 a 70% de currículos nos primeiros seis meses deste ano, mas também aumentamos a nossa capacidade com novas aberturas. No entanto, há claramente uma maior procura».

«Por outro lado, tivemos um crescimento da procura por parte das empresas, dos quais cerca de 55% por iniciativa própria e 45% por causa da nossa política comercial», referiu.

O presidente da Multipessoal avançou ainda que grande parte das empresas está a aproveitar esta altura de crise para «arrumar a casa, não só do ponto quantitativo, mas também qualitativo». «As empresas ajustam-se para se preparem para a retoma».

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