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Mais de metade dos beneficiários do RSI são trabalhadores

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Mais de 27 mil referiam pensões e perto de 35 mil tinham outros rendimentos

Mais de metade (66%) dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) são trabalhadores no activo com baixos rendimentos, diz a «Rádio Renascença».

Os dados constam do relatório de execução do RSI relativo ao ano passado, segundo o qual, até Dezembro do ano passado, quase 32 mil beneficiários indicaram ter rendimentos provenientes do trabalho. Mais de 27 mil referiam pensões e perto de 35 mil tinham outros rendimentos.

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Os dados indicam que, para receber este apoio social, o beneficiário não tem de estar desempregado e inscrito num centro de emprego, podendo ter um rendimento mensal, por exemplo, de 177 euros.

«Muitos dos nossos pobres trabalham e isso só revela que temos níveis salariais muito baixos, não são compatíveis com as exigências que a vida coloca, mesmo ao nível das necessidades mais básicas, para subsistir com o mínimo de condições», revela Eugénio da Fonseca, presidente da Confederação das Instituições de Solidariedade, CNIS.

Famílias monoparentais estão a aumentar

É uma «especificidade da pobreza em Portugal. Os especialistas já identificaram isso, embora para nós possa continuar a parecer um paradoxo», acrescenta.

O relatório de 2007 indica também que os beneficiários do Rendimento Social de Inserção são famílias compostas, muitas vezes, pelos pais, filhos e outros familiares. As famílias monoparentais estão, contudo, a aumentar.

Edmundo Martinho, presidente do Instituto de Segurança Social, faz uma leitura diferente dos números e considera que haver 66% de beneficiários que são trabalhadores significa que os programas de inserção estão a funcionar, sobretudo para reforçar as qualificações dos que beneficiam deste apoio.

Recorde-se que em 2007, aumentou o número de beneficiários em programas de inserção nas áreas da acção social, educação e saúde, mostra o relatório, de acordo com o qual quase 200 mil pessoas deixaram de receber o apoio social, porque viram alterada a sua situação económica. Porém, mais de 29 mil tiveram de fazer um novo pedido para continuar a receber este rendimento.

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