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Primeiro parque mundial de energia das ondas serve 15.000 famílias

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Portugal é pioneiro no aproveitamento das ondas

Portugal é, a partir desta terça-feira, o único país do mundo com um parque de aproveitamento de energia das ondas.

A cerimónia de inauguração contou com a presença do ministro da Economia e da Inovação, que salientou a importância deste projecto e referiu os empregos que serão criados.

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«Portugal está entre os cinco países do mundo mais avançados em energias renováveis. Estamos à frente no que diz respeito à água, ao sol e ao vento e este projecto é muito importante porque coloca a nossa bandeira de liderança num dos maiores desafios que a Humanidade tem», afirmou Manuel Pinho.

O governante deu o exemplo do Parque Eólico de Viana do Castelo para sublinhar os «mais de dez mil empregos» criados a esse propósito: «Há 15 anos, a energia eólica não era nada e hoje assume uma enorme importância. No que diz respeito à energia das ondas, daqui a 15 anos todos se vão lembrar que tudo começou aqui e hoje».

8,8 milhões de investimento

O Parque de Ondas da Aguçadoura irá, numa primeira fase, produzir electricidade a partir de três conversores Pelamis Wave Energy, uma espécie de serpente marinha que capta a energia das ondas, instalados a cerca de três milhas da Póvoa de Varzim. O projecto fornecerá cerca de 15 mil famílias e evitará a emissão de mais de 60.000 toneladas/ano de emissões de dióxido de carbono.

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O projecto pioneiro da Enersis e da escocesa Ocean Power Energy é uma associação de empresas, sendo que 77 por cento pertencem à EDP, à Efacec e à Babcock&Brown (no âmbito do consórcio Ondas de Portugal) e os outros 23 por cento são da Pelamis Wave Power Limited.

40 por cento da electricidade portuguesa já vem das energias renováveis

O investimento total do projecto ronda os 8,8 milhões de euros, sendo que, segundo o engenheiro Leocádio Costa, da Enersis, poderá chegar aos 60 ou 70 milhões de euros em 25 anos. Na segunda fase do projecto, serão produzidas e instaladas outras 25 máquinas para aumentar a capacidade até 21 MW.

O consórcio Ondas de Portugal pretende desenvolver um «cluster» na área da energia das ondas, com outros parques a serem já projectados. Estes projectos beneficiaram do direito a uma tarifa de injecção de energia especial, estabelecida pelo Governo como incentivo.

Segundo o ministro da Economia e da Inovação, «mais de 40 por cento da electricidade utilizada em Portugal advém das energias renováveis», sendo que «em 2020 chegará aos 60 por cento».

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