Trata-se de um processo natural, no entender do mesmo, apesar deste afirmar que o objectivo da nova lei não é a redução dos profissionais do sector. «Estas alterações não visam excluir ninguém, pretende incrementar o profissionalismo e valorizar a actividade seguradora», acrescenta.
«O sector segurador é muitas vezes injustamente apontado como uma actividade pouco transparente» afirma Fernando Nogueira que, vê estas novas medidas como uma solução para estas acusações, uma vez que para o mesmo «é necessário haver confiança com a entidade que está a servir e o consumidor».
PUB
Aliás, o presidente do ISP garante ainda que o número de reclamações que chegam actualmente ao instituto «é muito reduzido tendo em conta a dimensão do sector e o volume quer dos prémios quer dos contratos».
Maior aposta na formação
O reforço das acções de formação é outra das novidades desta lei de mediação. Até aqui, o ISP fazia um exame aos mediadores mas a partir do momento em que a lei entrar em vigor os profissionais além da formação base terão de ser sujeitos a uma formação contínua. «O instituto vai olhar com atenção para os planos de formação e, ao mesmo tempo, vai existir uma comissão técnica que também irá avaliar os cursos».
Apesar de não adiantar nomes de seguradoras ou institutos de formação que irão avançar com estes cursos, Fernando Nogueira garante, no entanto, «que tem conhecimento de várias entidades interessadas em avançar com estes planos de formação mas que só poderão apresentar oficialmente a partir de 27 de Janeiro».
Com estas alterações o dirigente acredita que irá normalizar o número de seguradores com que os medidores estão actualmente a trabalhar. De acordo com o mesmo, 50 por cento dos mediadores trabalham com duas a três seguradoras, cerca de 15% entre 6 a 10 e perto de 5% trabalham com 11 a 20 companhias.
PUB