O ministro das Finanças assumiu esta quinta-feira que o Orçamento de Estado (OE) de 2009 «é um orçamento mais difícil» devido ao peso da turbulência financeira na economia nacional.
Por isso mesmo, em entrevista à «Grande Reportagem» da RTP, Teixeira dos Santos considera que o documento apresentado esta quarta-feira «é prudente e realista», tendo em conta que é uma previsão para o prazo de um ano.
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«Quando fazemos previsões e temos de elaborar uma proposta que dure um ano, é um risco», reconheceu.
Teixeira dos Santos disse ainda que os dias de hoje são de «grande incerteza» e lembrou que houve factos que surpreenderam o mercado, e impensáveis há um ano, como a falência do Lehman Brothers.
Sobre a prestação da economia nacional para 2009, o ministro disse que o País «vai crescer menos» mas colocou de lado o cenário de recessão, que deverá atingir outros países europeus: «De acordo com as projecções que temos da conjuntura internacional, podemos afastar essa hipótese», disse.
O ministro disse ainda que a situação do mercado europeu vai influenciar a economia portuguesa, mas descartou a hipótese de a determinar totalmente.
«Há novos mercados para as nossas exportações. Os nossos principais clientes estão na Europa, mas não são os exclusivos», sublinhou.
Ainda sobre o OE para 2009, Teixeira dos Santos recordou que o documento, apesar de influenciado pela situação internacional, «tem a preocupação de assegurar que as contas públicas continuem sólidas» e apresentar respostas aos desafios espoletados pela crise, tanto para as famílias como as empresas.
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