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APDC diz que investimento em rede de nova geração «ainda é limitado»

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Associação lembra que «o que for decidido agora terá implicações nas próximas décadas»

O presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), Diogo Vasconcelos, considera que as redes de nova geração são uma questão decisiva para o futuro do sector das telecomunicações e reconheceu que «tudo o que for decidido agora nesta matéria, quer na parte pública quer na parte privada, vai ter implicações nas próximas décadas».

Em declarações à Agência Financeira, à margem da apresentação do programa do 18.º Congresso das Comunicações, que decorrerá no Centro de Congressos de Lisboa entre 11 e 13 de Novembro, Diogo Vasconcelos disse mesmo que «existe investimento em Portugal, mas ainda é de forma limitada».

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«Há diferentes empresas que anunciaram investimentos nas redes de nova geração, mas tudo vai depender do ritmo da regulação que for sendo criada», lembrou.

Para o presidente da APDC, o tema «é decisivo» porque as novas redes vão fazer com que «deixe de haver limitações, como as que se sentem hoje, para nos ligarmos uns aos outros» e permitir avançar para áreas como a gestão de tráfego, a gestão urbana, a videoconferência, a telepresença e a desmaterialização na relação com o Estado.

Outra mais-valia passará pelo facto destes serviços ficarem «disponíveis a todo o tecido empresarial e até às famílias».

Já se sentem duas velocidades

Para Diogo Vasconcelos, Portugal «ainda vai a tempo de não perder o barco desta tecnologia», mas reconhece existirem já duas velocidades na implantação das referidas redes.

«Aquilo de que estamos a falar representa um investimento muitíssimo grande, porque, na prática, é uma nova infra-estrutura. Há países como a Coreia do Sul e Japão e cidades como Amesterdão, Paris, Estocolmo, que estão a avançar mais rápido. Depois há outros como Londres, Madrid e Lisboa onde se verifica um aguardar das propostas do regulador para saber qual é o ambiente regulatório a seguir», disse à AF.

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O responsável reconheceu ainda que existem diferentes perspectivas sobre como esse investimento deve ser feito: «Há operadores que defendem a existência de uma rede única, aberta, onde todos podem participar; e há outras empresas que defende um modelo em que cada um investe, podendo abrir se quiser aos outros.» Porém, para a APDC, há um consenso entre os seus associados: as redes de nova geração vão «criar uma nova vaga de oportunidades».

O tema será abordado no próximo congresso, que se intitulará «e.missão possível», mas a questão central do evento passa pela articulação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) com as preocupações ambientais.

«O sector das TIC está estrategicamente posicionado para conseguir assumir neste campo um papel fundamental e alavancar oportunidades lucrativas de negócio (estimadas em cerca de 600 milhares de milhões de euros) no apoio ao projecto e implementação das soluções que conduzem a uma nova economia mundial do carbono», refere o documento de apresentação do congresso.

O «chairman» do evento será Jorge Vasconcelos, que foi presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) durante dez anos, que sublinhou que o tema do evento vai analisar as TIC e as questões ambientais nos sectores da energia, transportes/logísticas, edifício e indústria.

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