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ANJE diz que empresários vivem «mentalidade sentada»

Armindo Monteiro avança que flexissegurança ainda é conceito desconhecido pelos portugueses

O presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), Armindo Monteiro, considera que existe falta de visão estratégica nos líderes empresariais portugueses e que os mesmos vivem «numa mentalidade sentada».

Em declarações à Agência Financeira, à margem do Link-Fórum Capital Humano, que decorre até esta sexta-feira no Centro de Congressos de Lisboa, Armindo Monteiro explicou que a razão é «histórica» e, após 34 anos de democracia, ainda se sente no País «falta de iniciativa e de juventude».

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O também presidente executivo da Compta sublinhou ser preciso ousadia na condução de uma empresa: «Vamos ousar fazer, vamos pensar o que queremos fazer e para onde queremos ir. É a isto que chamo de visão estratégica. Mas nós temos uma mentalidade muito seguidista, somos muito pelo politicamente correcto», disse.

Trabalho para a vida acabou

Armindo Monteiro considera ainda que a rigidez do código laboral só protege o trabalhador e não o empregador: «O emprego para toda a vida não existe. Aquilo que temos de encontrar são mecanismos que não ofereçam barreiras à entrada, porque todas as barreiras que existem à saída travam também as entradas», admitiu à AF.

O porta-voz dos jovens empresários refere que o tema flexissegurança ainda não é bem compreendido pelos portugueses e cabe às empresas serem «competitivas numa escala global, sendo que isso não se compadece com o facto de serem elas a financiarem o estado social».

Desenvolver talentos é melhor do que atraí-los

No contexto económico português, Armindo Monteiro reconhece que é, hoje em dia, economicamente mais vantajoso uma empresa desenvolver talentos do que se limitar a atraí-los.

«Faço uma analogia com o futebol: os nossos clubes estão mais aptos a comprar jogadores ou a desenvolvê-los nas escolas? A resposta é a segunda hipótese e, tendo em conta o nível económico e de liquidez de mercado, as empresas devem, de facto, desenvolver talentos», comparou.

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