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Combustíveis: preços altos ameaçam transporte de mercadorias

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«Aumento dos combustíveis é um custo que não podemos controlar»

O aumento continuado do preço dos combustíveis é insustentável para a actividade das empresas de transportes de mercadorias e logística portuguesas e parte vai ter de ser repercutido na cadeia de abastecimento, afirmou hoje à «Lusa» fonte do sector.

«Atingimos o limite e vamos, inevitavelmente, ter de imputar, parte dos custos (dos combustíveis) aos clientes, que por certo farão o mesmo ao longo da cadeia de abastecimento», sendo o consumidor final a pagar os sucessivos agravamentos, afirmou o presidente executivo do grupo Luís Simões.

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O choque da subida do preço do petróleo na actividade de transporte e logística do grupo Luís Simões «é muito relevante», pois reflecte-se, de imediato, nos custos de exploração, explicou José Luís Simões.

«Estamos a chegar a um limite insuportável e, a partir daqui, sob pena de delapidarmos (ainda mais) os nossos resultados, não podemos absorver [a totalidade] dos custos resultantes da subida continuada dos preços dos combustíveis«, justificou à Lusa o empresário.

Pesa 40% do custo da operação internacional

O impacto da subida do preço dos combustíveis representa 40 por cento do custo da operação internacional terrestre, 22 por cento do serviço doméstico e entre 15 a 22 por cento na rede de frete aéreo, precisou Eduardo Rangel.

«O aumento dos combustíveis é um custo que não podemos controlar. Vamos ter de criar uma fórmula de cálculo (um taxa de custo indexada ao preço do gasóleo) e fazê-la repercutir», adiantou.

O grupo Rangel tem vindo a «absorver e a partilhar» o impacto da subida do preço dos combustíveis com as empresas subcontratadas (300 viaturas para o serviço doméstico e 50 camiões a nível internacional - Europa

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Eduardo Rangel, fundador e presidente do grupo Rangel, que se tem expandido através de uma estratégia integrada de transportes e logística no mercado ibérico (Portugal e Espanha), bem como a nível internacional, é da mesma opinião.

Eduardo Rangel referiu ainda que «as empresas subcontratadas (em geral, no país) estarem com grande dificuldade em acomodarem os custos decorrentes do aumento dos combustíveis».

Já a Luís Simões, que é um grande operador de transportes e logística na Península Ibérica, indicou que a percentagem de litros abastecidos em Portugal representa 34 por cento do total, enquanto que a Espanha corresponde a cerca de 64 por cento.

O mercado internacional é praticamente irrelevante, representando 1 por cento do total de combustível abastecido pela frota da Luís Simões, composta por 1.320 camiões, dos quais metade é subcontratada.

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