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Deco alerta para sobreendividamento «excessivo» dos portugueses

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O consumo está a falar mais alto nesta altura do ano, com o Natal e com o aproximar do Ano Novo. Os portugueses não estão «com meias medidas» e gastam o que têm e «o que não têm». A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) garantiu à Agência Financeira que a situação é preocupante.

Segundo o secretário-geral da Deco, Jorge Morgado, «os consumidores estão a ser permiáveis à publicidade e à festa e isso é terrível para a economia das pessoas e das famílias».

O mesmo responsável acrescenta que, numa altura em que as taxas de juro e o sobreendividamento das famílias está a subir, os resultados são «pura maquilhagem».

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Por isso, deixa o apelo às famílias portuguesas: «as prendas mais importantes são as poupanças. É imprescindível que as pessoas poupem» e acrescenta também que é necessário que «a banca crie mecanismos e produtos mais adaptados à pequena poupança», acrescenta ainda.

Jorge Morgado alerta também para outra questão: «as famílias estão a endividar-se e a utilizar o cartão de crédito para compras de forma exacerbada. Chamamos a atenção para o crédito a partir dos cartões que é caríssimo».

«Muitas vezes as pessoas estão a «pagar» créditos (com taxas) de 20 por cento ou ainda mais, porque não têm noção e não sabem quanto pagam de juros pelo cartão de crédito», salienta.

O que é certo é que com isto as «taxas de esforço das famílias vão aumentar».

Sobreendividamento dispara com subsídios

A Deco realça, também, que a situação de sobreendividamento dispara logo depois dos portugueses receberem os subsídios de férias e de Natal, por isso, a associação dispõe de gabinetes de apoio a sobreendividados, onde fazem uma triagem para «tentar ajudar as pessoas».

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O consumo desenfreado está na base das grandes preocupações da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor e segundo Jorge Morgado «esse consumo é motivado pela euforia e festa típico da época». Além disso é «um refúgio que as pessoas encontram para certas pressões e situações económicas, como o facto do país estar de tanga».

Conselhos para o próximo ano

O representante da Deco acentua que com a passagem-de-ano as preocupações redobram-se: «Vemos hotéis com preços proibitivos em Portugal».

A Deco deixa, ainda, os conselhos para o novo ano de 2007: «O mais importante é lembrar aos portugueses que é essencial investir em algo que os faça poupar, maioritariamente a nível de impostos e que, o que é comprado agora tem que ser pago com juros nos próximos meses».

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