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PGR deve explicar-se no Parlamento, diz PCP

Porque «não houve afirmações rotundas em relação à admissibilidade de escutas», explicou Jerónimo de Sousa

O secretário-geral do PCP defendeu este domingo que se deve dar a possibilidade para o Procurador-Geral da República (PGR) «esclarecer melhor», no Parlamento, as declarações em que admite que o seu próprio telemóvel pode estar sob escuta telefónica.

«Deve-se dar a possibilidade de o senhor Procurador ir à Assembleia da República para se esclarecer melhor, porque não houve afirmações rotundas em relação à admissibilidade de escutas», disse Jerónimo de Sousa.

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Em entrevista publicada sábado na revista Tabu do semanário Sol, Pinto Monteiro afirmou que as escutas em Portugal «são feitas exageradamente» e admitiu que o seu próprio telemóvel pode estar sobre escuta.

«Eu próprio tenho muitas dúvidas que não tenha telefones sob escuta», admitiu o PGR, acrescentando: «Penso que tenho um telefone sob escuta. Às vezes faz uns barulhos esquisitos».

Escusando-se a fazer «juízos precipitados», Jerónimo de Sousa, que falava aos jornalistas no final da sexta Assembleia da Organização Regional de Beja do PCP, disse que «seria razoável e tranquilizador que as dúvidas e preocupações» de Pinto Monteiro «fossem clarificadas».

«Pode ser na Assembleia da República», sugeriu, referindo que, da parte do PCP, «não existe nenhum impedimento» ao pedido de audição urgente do PGR feito sábado pelo CDS-PP.

Apesar de frisar que as respostas do PGR «não são contundentes, com certezas», Jerónimo de Sousa disse que «o Ministério Público tem sempre a possibilidade de esclarecer e, até, de investigar» as «admissibilidades do PGR». «Não serei eu a dizer que há escutas. Mas, tendo em conta tantos exemplos, à cautela sempre direi: Eu não acredito em bruxas, mas que as há, há», ironizou.

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