Um condutor alcoolizado foi detido e posteriormente libertado, em Lagos, mas quando saiu da esquadra pegou no carro e, aos ziguezagues, foi perseguido pela PSP ao longo da principal avenida da cidade, revelou hoje à Lusa fonte policial.
A cena, digna de um filme policial, teve lugar segunda-feira poucas horas depois de o homem, um pescador de 30 anos residente naquela cidade, ter sido detido com uma taxa de 2,09 gramas de álcool por litro de sangue.
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Na primeira detenção, às 07:20 da manhã, os agentes da PSP dispararam sobre os pneus da viatura, uma vez que o homem desobedeceu a uma ordem de paragem.
Dado tratar-se de uma infracção que pode ser considerada crime (por a taxa de alcoolemia ser superior a 1,2 gramas), o indivíduo foi notificado para se apresentar em tribunal da parte da tarde, para responder pela condução sob efeito do álcool e pelo crime de desobediência à autoridade.
Contudo, não ficou detido e foi mandado em liberdade, com as chaves do carro no bolso, poucas horas depois da detenção, porque se trata de um crime com moldura penal inferior a três anos, justificou a mesma fonte.
De acordo com a lei, o homem só deveria pegar no carro 12 horas depois da primeira detenção, caso o juiz do primeiro interrogatório judicial entretanto não lhe inibisse a condução.
Já no exterior da esquadra de Lagos, o infractor correu para o seu carro, entretanto rebocado, e fugiu, perseguido de imediato por um motociclista da PSP.
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Em plena avenida das Descobertas, pelas 12:00, a viatura - com os pneus em baixo devido aos disparos da PSP - ziguezagueava sobre as jantes, colocando em perigo os outros automobilistas e os peões, descreveu a fonte policial à agência.
O agente perseguidor conseguiu pôr-se à frente da viatura, mas o fugitivo tentou atropelá-lo, acabando por bater em dois veículos estacionados.
Entretanto encurralado, o indivíduo tentaria atropelar novamente o agente, desta vez em marcha-atrás, antes de ser retirado do veículo, depois de o polícia partir o vidro do carro.
Já de pé, o homem resistiu à detenção e tentou agredir o agente, mas acabou por ser imobilizado graças à chegada ao local de dois colegas.
O homem, que será ouvido hoje no tribunal de Portimão, arrisca-se agora a ser condenado por condução sob influência do álcool, desobediência qualificada, condução perigosa, coacção e resistência sobre agente da autoridade.
A audiência preliminar - onde serão impostas eventuais medidas de coacção - decorre hoje à tarde no Tribunal de Portimão.
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