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Operação <i>Pegasus</i> recuperou 37 carros topo de gama

Porto: valem 1,5 milhões. 19 detidos planeavam muito bem as acções

A PSP/Porto recuperou 37 automóveis topo de gama, avaliados num milhão e meio de euros, no âmbito da mega-operação «Pegasus» de combate aos crimes contra o património, disse fonte policial, refere a Lusa.

Na operação, a polícia apreendeu cinco armas de fogo, incluindo um potente shot-gun, 120 munições de diversos calibres, sete armas brancas, dois bastões extensíveis, centenas de telemóveis, cinco televisores de plasma, vários computadores, diversos documentos e gorros e luvas.

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A lista de apreensões incluiu diversos tipos de droga, nomeadamente haxixe suficiente para cerca de 750 doses individuais, pólen de haxixe para cinco mil doses, cocaína para 200 doses individuais e 25 comprimidos de ecstasy, uma droga sintética.

Em conferência de imprensa, o comandante da divisão de Investigação Criminal (DIC) da PSP/Porto, comissário Rui Mendes, disse que a actividade do grupo se centrava precisamente no roubo de automóveis de grande valor comercial, sobretudo com recurso ao método «carjacking», embora praticasse também outro tipo de crimes.

19 detidos e mais 21 arguidos «receptores» de mercadorias

Rui Mendes confirmou 19 detenções no âmbito desta operação e revelou que foram constituídos mais 21 arguidos, na maioria receptores das mercadorias.

Um dos detidos - uma mulher de 21 anos, grávida de sete meses - foi, quinta-feira, a primeira a ser ouvida pelo Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, sendo-lhe fixada a medida de coacção menos gravosa, o termo de identidade e residência.

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Só no final da maratona de interrogatórios, que prossegue no TIC, sem previsão sobre a altura de conclusão, se conhecerão as medidas de medidas de coacção para os restantes 18 arguidos, com idades entre 16 e 38 anos, todos residentes na Área Metropolitana do Porto.

«Grupo planeava muito bem as suas acções»

Segundo o comandante da DIC, a actividade deste grupo centrava-se nos distritos do Porto, Braga, Aveiro, Viana do Castelo e Viseu, mas quanto aos roubos de automóveis pelo método de «carjacking», a PSP apenas tem registo de ocorrências do género nos distritos de Aveiro, Porto e Braga.

O grupo «planeava muito bem as suas acções», disse Rui Mendes, contando que não há registo de violência sobre qualquer dos lesados.

Actuavam geralmente de madrugada, entre a 01:00 e as 06:00.

Em muitos casos, penetraram no interior de habitações, procurando as chaves dos automóveis, que depois levavam.

Aproveitando a presença nas residências, furtavam alguns artigos aí existentes.

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Rui Mendes deixou implícito que o grupo só recorria ao «carjacking», quando não podia obter de outro modo as viaturas com as características que pretendia.

O grupo tinha uma actividade frenética, «quase diária», na expressão do oficial da DIC.

A DIC da PSP do Porto, que envolveu 300 efectivos nesta operação, estava a investigar este grupo desde Março, uma demora que Rui Mendes disse justificar-se para «alicerçar bem» os meios de prova.

Desde quarta-feira, altura em que se iniciou a fase mais importante da operação «Pegasus», foram concretizados 57 mandados de busca domiciliária e cumpridos 13 mandados de detenção.

O comissário Rui Mendes escusou-se a precisar se haverá mais detenções e admitiu que algumas das acções desenvolvidas no âmbito da operação «Pegasus» seriam da competência reservada da Polícia Judiciária, num processo avocado pelo Ministério Público.

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