Uma proposta para entregar 60 dos 200 empregos em causa nos protestos no Reino Unido contra a contração de trabalhadores portugueses e italianos foi rejeitada por grevistas na refinaria de Lindsey, noticiou a BBC.
A proposta, resultado de uma reunião que começou segunda-feira entre representantes dos sindicatos, da petrolífera Total e dos mediadores nomeados pelo governo, foi apresentada esta manhã às centenas de trabalhadores que se concentraram à porta da refinaria, no norte de Inglaterra.
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Todavia, o número de postos de trabalho disponibilizados foi considerado insatisfatório e as negociações foram retomadas, adiantou a estação britânica.
Centenas de trabalhadores continuam a manifestar-se contra a contratação de trabalhadores estrangeiros para a empreitada para ampliar a refinaria da petrolífera francesa Total no norte do condado de Lincolnshire.
O contrato foi ganho pela norte-americana Jacobs, que entregou a obra à italiana IREM, tendo esta recrutado trabalhadores italianos e portugueses, muitos dos quais parte do seu quadro de pessoal.
Os protestos dos trabalhadores desta refinaria alastraram entretanto a outras centrais de energia de todo o país.
Devido à situação, cerca de 20 portugueses que se encontravam à espera de trabalhar voltaram voluntariamente a Portugal.
Mais 12 trabalhadores portugueses poderão regressar a casa, ficando apenas seis no Reino Unido, disse fonte do governo à agência Lusa.
O governo britânico condenou os protestos e reiterou o respeito pela liberdade de circulação e de trabalho na União Europeia.
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Mas os sindicatos britânicos queixam-se de que o processo de recrutamento não é justo e não dá oportunidade aos trabalhadores locais.
Os medidadores nomeados pelo governo, o Serviço de Aconselhamento, Conciliação e Arbítrio (Acas no acrónimo inglês), uma entidade que trabalha na resolução de conflitos laborais, anunciou na terça-feira que está a analisar os termos dos contratos de trabalho.
A publicação de um relatório foi prometida para 13 de Fevereiro.
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