O BCP admite poder ter de vir a fazer mais uma correcção às contas, dependendo do resultado das investigações em curso no Banco de Portugal e na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
No prospecto do aumento de capital de 1,3 mil milhões de euros, o banco lembra que, nas contas de 2007, corrigiu em 300 milhões de euros a sua situação líquida para acautelar os resultados das investigações relacionadas com as operações realizadas através de «off-shore» e revela que essa correcção, além de ter diminuído os rácios de capital Tier 1, «poderá originar perdas de confiança, o que poderá dificultar eventuais aumentos de capital futuros».
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O banco admite mesmo que não existem garantias de que não sejam exigidos ao banco «novos ajustamentos», o que, mais uma vez, depende do resultado dos procedimentos e averiguações efectuados pelo Banco de Portugal e pela CMVM.
Embora reitere que não foi notificado de qualquer acusação nem admitiu qualquer infracção ou responsabilidade, reconhece que «o banco corre o risco de ser objecto de sanções de natureza civil, administrativa ou outra, incluindo coimas, dependendo do resultado das averiguações e procedimentos em causa.
O banco pode ainda ser objecto de averiguações ou procedimentos por parte de outros reguladores ou pode ser alvo de litígios, em Portugal ou qualquer outro lugar, por parte de accionistas ou de terceiros, litígios que, se decididos em desfavor do banco, podem originar perdas significativas para o banco e fazer baixar os ratings do mesmo».
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